sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Deixei meu mundo me moldar... Já fui ingênuo, já fui astuto, já fui de tudo que eu pude imaginar. Cada dia é uma página, e naturalmente algumas ficam na memória e outras nem mesmo prendem a atenção. Penso sobre os momentos bons e como sentimos falta de tudo que não temos mais, mas queríamos ter novamente, não só na imaginação. A infância, que me arrepia quando vem à cabeça, porque eu não me preocupava, não sabia sobre muito e só pensava em brincar. O colégio, os primeiros amigos, a descoberta dos maiores laços afetivos, o sensação de ganhar novos irmãos. O ensino médio, os problemas, os desafios e as primeiras conclusões; sentir que você é uma pessoa diferente e ao mesmo tempo tão igual; os melhores amigos que ficaram, as emoções que marcaram, o diploma e o começo da vida real. Sinto saudades do passado, e apenas sinto porque sei que tudo aquilo foi bom. Eu sempre pensei que eu tinha uma vida ruim, sempre carreguei comigo uma grande insatisfação, mas tudo é questão de ponto de vista, e há sempre a chance de mudarmos de opinião. Quantas vezes achei que tudo era injusto, mais pra mim do que pra outros; quantas vezes sentei e me entristeci porque eu queria e não podia ter, mesmo que o que eu desejava estivesse bem ali; quantas vezes deixei poucas coisas me abalarem e deixei de ver que sempre havia algum motivo pra sorrir... E não acho que isso foi de tudo tão ruim. Pelo contrário, acho tudo muito válido e necessário, cada detalhe, cada momento, essenciais pra me construir. Sempre achei que tudo era muito difícil, impossível e que eu era incapaz, mas analisando a minha situação e olhando o mundo em que vivo, acho que basta correr atrás. Um homem é aquilo que quer ser, faz aquilo que quer fazer, desde que se permita e não tenha medo. Nem sempre é a hora certa de arriscar, mas oportunidade nunca vai faltar, e durante a vida, há tempo pra aprender, tentar, errar e recomeçar, e o mais importante é saber se planejar.
Não há nada que eu valorize mais do que amizade e família, que representam o ápice do meu potencial de amar. E amizade e família não englobam, no meu caso, dezenas de pessoas, como alguns podem imaginar. As coisas especiais são sempre caracterizadas na individualidade que te faz suspirar. E não há nada melhor do que ter em quem confiar, em quem acreditar; como é divino estar com alguém sabendo que tudo que você precisa este alguém pode te dar. Como é bom, mesmo nos momentos difíceis, saber quem é ideal pra te motivar, te reerguer e te se segurar. Eu não vou superar as barreiras porque sou tão forte quanto um tiro de canhão, mas sim porque esse meu universo é a própria explosão. Não há nada melhor que viver pra fazer bem a quem te faz tão bem que chega ser difícil retornar. Todos os sorrisos, o apoio, o amor, a paixão, o motivo e a dedicação... Tudo aquilo que te manteve em pé, alimentando seu coração.
Ficar mais velho, mais experiente, mais novo ou mais eficaz... Nada seria possível sem as ferramentas que me corrigem, me transformam e me melhoram a cada dia; nada seria possível sem os grandes seres do meu pequeno e apertado universo, aos quais dedico esse espaço como forma de gratidão, por sempre andarem comigo, me darem abrigo, sempre segurando minha mão.

Vocês sempre me mostraram como viver, continuam a me mostrar como viver.
A vida se vai em um piscar de olhos e muito fica pra se dizer, e muito fica sem se fazer, mas se amanhã eu não estiver mais aqui, que ao menos essa seja a minha chance de vos agradecer.
Sempre estarei aqui pra vocês, como vocês estiveram aqui pra mim, e sempre estarão.
Vocês não me magoam, não me decepcionam, não me fazem mal, e terão sempre a minha compreensão, o meu apoio e a minha aprovação. Sei que não sou o melhor que poderia, mas é por vocês que busco a evolução.

Nada teria sentido sem vocês; seja o anãozinho, os gêmeos, o hippie magrelo, o gigante, o gordo drogado, os belo horizontinos, o on line, o novo papai que tá chegando ae e tantos outros....
Vocês são minha vida, meu presente, meu futuro... e sempre serão.
By Vinni

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A verdadeira aventura de ser homem

Se ao ler o título acima você pensou em atravessar o país num 4 x 4, pular de paraquedas ou escalar o Everest, errou. Entenda porque os nerds estão muito mais próximos da essência do macho do que os ditos destemidos.

Ter nascido homem é uma aventura, ou a oportunidade para uma aventura. Ter nascido mulher sei lá o que é, pergunte para uma mulher. (A julgar pelos filmes de mulheres, envolve ficar numa mesa de cozinha com outras mulheres, falando sobre doenças terminais.) Mas ser homem é ter o desejo de viver uma aventura, de algum modo. Me refiro a aaventura no sentido mais primitivo. Não a versão aguada de aventura que nos empurram quando crescemos: a aventura de ser bom pai, a aventura de comer brócolis. Não, me refiro à visão infatil de aventura: exploração espacial ou ártica, nativos correndo atrás de você com zarabatanas.

A essência mesmo de ser homem é desejar essas coisas. Se você tem um nível saudável de testosterona, acredite, você quer que um membro de uma sociedade secreta esteja neste momento escalando o exterior do seu prédio com a intenção de matá-lo com uma adaga malaia.

Mas é claro que a vida real é famosamente desprovida dessas coisas. Aquilo que geralmente chamamos de aventura ou são tentativas retóricas de provar que a vida adulta não é tão chata assim (tipo "a aventura de criar uma família") ou é, na maior parte das vezes, a organização de esforços repetitivos e pequenas inconveniências: rali, por exemplo, é dirigir na lama, tirar carros da lama e basicamente fazer força na lama; alpinismo é dormir na chuva e ficar uns dias sem ver TV, e assim por diante. É talvez o mais próximo de uma aventura que você pode viver na Terra, mas qualquer homem com testosterona sabe que não é o suficiente.

Donde a minha tese na qual acredito piamente, de que os nerds são os Últimos Machos de Verdadena face da Terra. Sim, os nerds - sei que não parecem, mas é fácil provar. Não há, como eu disse, aventura real para ser vivida na Terra. Ser homem, no entanto, é desejar viver uma aventura. Outros homens podem ter uma aparência mais viril, mas se contentam com uma vida sem aventuras, ou com imitações baratas de aventura do tipo bungee jumping.

Só o nerd deseja tanto viver uma aventura de verdade que permite que esse desejo domine toda a sua vida, sendo incapaz de ter uma conversa normal sem fazer menções às aventuras de Tolkien, de Jornada nas Estrelas, de um videogame. Ele vive mentalmente nesse mundo de aventuras, e se esforça para trazer essa aventura até este mundo aqui, usando roupas ridículas de Gandalf e falando em Klingon com a garçonete do T.G.I. Friday's. Que Deus o guarde: é o último homem na terra que se recusa a abandonar a aventura por uma vida de papelada, normalidade e busca por dinheiro.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O antes e o depois

Bem, cá estou eu novamente desenhando essas linhas mal escritas (isso se chama liberdade poética, sempre quis usá-la :x uhAUHahuAUHUa). Não sabia bem sobre o que escrever, só sabia que queria escrever, e comecei a pensar em alguma coisa, mas nada me vinha a cabeça, como diz uma música de uma banda por ae que eu nem gosto "Olhando pra baixo, nada vem a mente, ache o lugar, transforme a água em vinho". Então que eu pnsei em como eu mudei de um tempo pra cá, mudanças nem sempre são ruins como tods sabem, e eu acho que eu mudei pra melho, bem melhor, pelo menos comigo mesmo.

Na vida da gente muitas pessoas passam, encontros ao acaso, amizades momentâneas, namoros falidos ou não, sexo casual, etc. A gente só tem que saber tirar disso tudo o que vale a pena, e quem vale a pena. E como a gente pode saber quem vale a pena? Pense em quem ajudou a mudar sua vida, pra melhor claro. Que seja uma mudança mínima, talvez te ensinou a gostar de peixe, talvez te fez ver que sorrir é legal, ou que um abraço faz bem. Essas pessoas valem ser lembradas e guardadas, e valem sua saliva quando você fala delas pros outros, porque é bom se gabar as vezes, sem medo de parecer arrogante ou prepotente, faz bem pro ego.

Voltando agora às minhas mudanças, ao meu ego, eu tneho uma lista de pessoas especiais, todo mundo tem. Pessoas que me fizeram ver que o mato não é tão ruim assim, que um passarinho pode conversar com você, que coca é o líquido dos deuses, que Kiss não é só um bando de cara maquiado, que fumar faz mal à saúde, que academia pode ser legal, que chorar faz bem, que dar presente é melhor que receber, etc.

A essas pessoas muito obrigado, por mudarem minha vida pra melhor, e me mudarem pra melhor, por mais chato, ranzinza, emo, ou qualquer outro adjetivo nem tão bom que eu possa ser, lá no fundo eu estou me sentindo uma pessoa melhor, e isso graças a pessoas melhores que eu.

Obrigado e espero que vocês continuem a fazer parte da minha vida.

PS: No próximo post volto com meus textos machistas :x

sábado, 5 de setembro de 2009

Momentos

Existem situações em nossas vidas que nos fazem pensar melhor, nos fazem pensar em várias coisas na verdade, se estamos agindo corretamente, se estamos sendo justos, bobos, etc. Esse texto veio de uma dessas situações, então por favor, não pensem que ele é direcionado a uma ou duas ou quinze pessoas, ele simplesmente veio de uma das milhões de situações que nos fazem pensar melhor.

Algum tempo atrás, lendo um blog de um amigo meu me deparei com uma frase escrita por ele, que realmente me fez pensar muito na época, e desde então guardei isso pra mim, na verdade achei essa frase um tanto quanto sábia, digamos assim. É mais ou menos isso: "E depois de um tempo que você amar, se amar... Comece tudo de novo, mas dessa vez, faça um pouco diferente, agora ensine alguém a amar...você".

Essa frase cai bem no meu contexto atual. Às vezes precisamos sentir que somos especiais de alguma maneira, sim, não sei vocês, mas isso na minha opinião é algo inerente ao ser humano, a gente PRECISA ser valorizado de alguma maneira, pra podermos ver que estamos no caminho certo, que estamos fazendo tudo direito, que cativamos pessoas, que temos amigos. Faz bem pro ego ser elogiado as vezes, ser lembrado, receber um telefonema. Um oi e um tchau pra mim são muito especiais, sei que pra maioria é algo ridículo, mas pra mim são coisas que fazem muita diferença, e são coisas muito fáceis pra todo mundo. Acho que devido a várias coisas que já precisei passar, não que eu seja o único sofredor do mundo, nem de longe, mas não sei, acho que desenvolvi uma certa carência afetiva, um pouco mais do que o normal digamos assim, eu realmente espero ser reconhecido, valorizado, lembrado, coisas fáceis eu acho.

E por mais que pareça, não estou tentando me fazer de vítima sofredora, não sou a pessoa mais santa do mundo, não mereço um altar pra ser louvado, já menti, já fiz muitas coisas indevidas, já fui mal educado, mas com as pessoas que eu gosto, eu tento ser o melhor possível, e por isso eu gostaria de saber se estou fazendo certo. Só não queria ser privado do direito de me sentir especial.

domingo, 19 de julho de 2009

O homem ideal pra elas: um monstro

Não há nenhuma criatura mais absurda que a mulher que diz, com sublime inconsciência do próprio ridículo, que quer um homem "macho porém sensível" - em dias alternados da semana ou algo assim. Se você toma injeções de testosterona, talvez fique macho uma vez por mês, e na outra os seus ammilos comecem a jorrar leite. Talvez. Não sei.

Mas elas não param por aí. Elas querem um homem "macho porém sensível, firme porém delicado, sério mas com senso de humor, trabalhador mas que sabe se divertir, ambicioso mas que goste de passar um tempo juntinho, baladeiro mas que goste de ficar em casa".

Deveria haver uma maneira delicada de dizer às mulheres que nenhum homem pode ter essas características conflitantes sem que se torne o tema de um filme sobre as suas personalidades múltiplas, com um título como "As nove vidas de Alfredo", ou algo assim. Elas realmente acham que vão encontrar alguém que goste de P.S. I Love You, mas que, ao mesmo tempo, preencha o seu requisito de "saber me pegar como homem"? Elas realmente acham que vão encontrar um membro do sexo masculino que se derreta quando vê um bebê, que chore quando vê Filadélfia enquanto massageia os seus pés mas que, ao mesmo tempo, nas suas delicadas palavras, "goste da fruta"?

"Ambicioso mas que goste de ficar juntinho" - seria como um homem dizer que quer uma mulher "alta porém baixinha". Talvez a melhor coisa pra fazer com que as mulheres compreendam o absurdo do seu desejo fosse construir uma estátua do ideal masculino delas, ocupando a praça central de uma cidade, com uma plaquinha embaixo: O HOMEM IDEAL.

Em cima do pedestal veríamos uma espécie de deus hermafrodita com vastas tetas pendulares e murchas, seis ao todo, pênis médio porém grande, braços tonificados porém não muito musculosos, mãos calejadas porém macias - uma segurando uma espada, outra um pano de prato e outra (sim, outra) uma rosa. Esse deus é esbelto e não muito magro, tem uns músculos no peito por trás das tetas mas nada que indique se conferindo o dia todo no espelho, e está bem vestido porém não o tanto que indique que pensou demais no assunto.

As linhas da boca indicam ao mesmo tempo uma capacidade de ser cruel, com os outros, se necessário, e extrema doçura em relação à mulher - alguém diria, quase subserviência. A linha do queixo indica firmeza, mas o olhar suaviza tudo: a 100 metros de distância, você consegue ver que os olhos da estátua são prestativos e atenciosos, como se eles estivessem eternamente perguntando em relação a qualquer decisão que acabou de tomar, "está bom assim pra você?". Ao mesmo tempo esses olhos são inegavelmente titânicos, decididos, imperiais.

Tudo que temos de fazer é contratar mulheres para construir essa estátua, ou pelo menos para fazer um desenho dela. Prevejo que não vão fazer muito mais do que um dedo ou um pé antes de parar tudo - dando em seguida um tapão coletivo nas próprias testas ao perceber, pela primeira vez, a impossibilidade da coisa toda.

sábado, 20 de junho de 2009

Essência


Vou escrever hoje sobre uma coisa que eu realmente gosto de escrever e talvez já tem algum tempo que eu não escrevo. Amizade.


O quão importante isso é em nossa vida? Eu acho que me lembro muito bem quando encontrei meu primeiro amigo, a gente estudava no Jardim 1 juntos e nosso papo começou pois nossas lancheiras eram iguais. Uma lancheira azul, do Batman, e a partir dessa lancheira nasceu uma amizade, a gente conversa até hoje, mas claro que não muito, cada um seguiu seu caminho, suas aventuras, seus amores e suas novas amizades, mas a lancheira smepre vai estar em nossas mentes.


Acho que essa é a essência da amizade, é o que fica de bom, mesmo com as brigas, mesmo com as raivas, se no fim a gente só lembrar das coisas boas, e se no fim a gente sentir falta, vai fundo que essa é boa e verdadeira.


Mais ou menos 4 ou 5 dias atrás, eu ouvi algo que eu ainda não tinha tido o prazer de ouvir, e a sensação foi muito foda, sim, chorei igual um EMO. Ouvir um "cara, você é meu melhor amigo,
na minha vida nunca teve uma pessoa q eu me eproximei e gostei e amei e smp quis ta junto igual vc, minha mae falo q eu e vc era irmao em uma outra vida ". Na verdade já to aqui com o olho cheio de água novamente. Se um dia qualquer um compreendesse como eu levo amizade a sério, acho que muita coisa ia mudar.


E é esse tipo de coisa que a gente lembra, no fim das contas não são as palavras que a gente ouve que vão ficar pra smepre com a gente, e sim como as pessoas nos fizeram sentir, bem ou mal. E esse sentimento que eu tive com isso eu tenho certeza que vai ficar pra sempre.


Amigos vêm e vão, mas no fim mesmo com brigas ou com o que quer que seja, os melhores permanecem, porque fazem falta, mas tem que ser algo mútuo.


Enfim, hoje eu acho que eu fiz bons amigos, tenho grandes amigos, pessoas que eu amo muito, pessoas que eu estou aprendendo a amar, pessoas que estão me ensinando a amá-las, e espero que isso continue.


Nem vou citar nomes, porque não precisa, as pessoas sabem quando a gente gosta e quando a gente considera, então, a todos aqueles que eu amo e que me amam também, saibam que eu realmente to por aqui pra sempre e pra qualquer coisa.


Desculpe o desabafo EMO, mas eu precisava. :*

domingo, 14 de junho de 2009

Auto-ajuda Express

Quando a gente é pequeno e tem uma infância legal, pensa que a vida é a maior moleza, né? Que ser feliz é possível num estalar de dedos... Só muito depois nos damos conta que é mais fácil estar feliz do que ser feliz.

Um dos aspectos que defintivamente atrapalha ser feliz, acho eu, é que colocamos a felicidade num patamar alto demais. Estabelecemos que precisamos o tempo inteiro batalhar duro para chegar à perfeição. E como, obviamente, nunca conseguimos isso, vivemos frustrados.

O que eu proponho é mudar esse patamar: em vez de querer atingir o ápice, que tal passar a se contentar com o... mais ou menos? Parece pouco? Bom, é mais do que menos - e menos é o que mais temos encontrado neste mundo, sinceramente falando.

Comentei a proposta com alguns amigos que ficaram revoltados. "Como assim? Não quero sexo mais ou menos!" , gritou um. "Não quero comida mis ou menos!", revoltou-se outro. "Nem trabalho mais ou menos!", bradou um terceiro.

Gente, a coisa não é tão pontual. Estou falando de alguns ideais que, não sei o porquê, a gente lançou lá na estratosfera. Só o super-homem mesmo para alcançá-lo. Por exemplo: grana. Poxa, será que não dá pra se contentar com um salário mais ou menos, que dá pra pagar as contas e não traz, por outro lado, o estresse que em geral acompanha aquela dinheirama toda no contracheque?

Outro: corpo. Um corpo mais ou menos em forma não é o suficiente pra fazer alguém feliz? Não seria uma maneira de passarmos a aceitar nossos pequenos defeitos? Ou você ainda não reparou no discreto charme da imperfeição?

As pessoas têm problemas com o mais ou menos. Acham mixaria. É um falso dilema, porque muitos dos que nós conhecemos nem nele chegam. "Bem mais ou menos", costuma dizer sobre algo ruim... Como se o over também não fosse tantas vezes péssimo. O ponto fundamental é: por que não aprender a ser feliz com o que já se tem?

A segunda idéia prática desse minimanual é substituir Deus por algo mais paupável. Calma, calma, não estou dizendo para você deixar de ter fé. Ter fé é bom. Remove montanhas, não é assim que se diz?

Mas sinto que é preciso algo mais terra-a-terra para ser usado no cotidiano. Funciona assim: você escolhe uma segunda coisa que sabe fazer além de sua ocupação principal, algo de simples realização, tipo um plano B. Daí, nos momentos que está insegur, quando não sabe se uma nova jogada dará certo, pensa: se tudo der errado, ainda posso fazer aquilo.

A vida é arriscada mesmo. Talvez o segredo esteja em viver em etapas: devíamos começar tendo como meta o mais ou menos, mas sem desprezá-lo uma vez que chegamos lá. Aprendendo a se satisfazer com esse pouco que nem é tão pouco assim, podíamos nos dar o direito de tentar alçar vôos bem mais altos, mas sem o temor da queda, que atrapalha bastante.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Auto-avaliação

Bem, não sei se vai ser legal, nem se vai dar certo. Mas não custa nada tentar. Dando uma aula hoje, tinha uma redação que pedia para o pessoal falar deles mesmos e depois falar o que eles achavam que os outros pensavam deles, e se essa visão era muito diferente. Pois bem, achei bem interessante, então eu vou falar o que eu acho de mim mesmo, e vou tentar com voluntários claro, pelo menos uns 5, amigos, randoms, qualquer um, mesmo que não me conheça nada, queria saber como eles me vêem. E vamos ver se é muito diferente. E não estou fazendo isso pra ler puxa-saquismos, quero realmente saber como me vêem.

Bem eu me sinto estranho às vezes quando vou pensar sobre mim mesmo. Pensar sobre os outros é muito fácil, é ótimo achar qualidades em amigos, mas achar qualidades em nós mesmos é complicado. Pelo menos pra mim. Vou começar pelos defeitos, que são bem mais fáceis de ser encontrados.

Eu sou em geral uma pessoa muito ranzinza, mau-humorado, aliás, não diria mau-humorado, mas meu humor é meio complicado de se entender, poucos ou ninguém conseguem ler nas entrelinhas, e isso faz com que eu pareça uma pessoa muito séria. Sou muito exagerado com meus sentimentos, quando eu gosto é muito, e isso não é bom, porque a gente se decepciona mais, gosto mais dos outros do que de mim. Sou muito EMO, sim, EMO, faço tempestade em copo d'água. Sou muito introvertido, são poucos os que sabem muito sobre mim e muitos os que não sabem nada ou tentam entender. Sou nervoso, estressado, ancioso. Nossa tanta coisa que eu não sei, vou deixar um pouco pros outros falarem.

Agora coisas boas, parte difícil. Por mais que eu saiba as coisas boas que eu tneho, acho que eu mesmo sair falando soaria um pouco egocêntrico e metido demais. Então não falarei. Fiquem só com as coisas ruins mesmo.

É isso. Então quem quiser se voluntariar ou esperar pelo meu pedido, fique a vontade :*

sábado, 23 de maio de 2009

Idéias em anexo, sem nexo, com um propósito harmônico... - Título By Julin

Apenas metáforas e pensamentos cotidianos e verdades que provavelmente ninguém, ou muito poucos entenderão.

Está tudo certo conosco. O pensamento que pensa em você. A liberdade livre. Parece filme. Hoje eu vi um casal partindo rumo a escuridão: parece que comiam salada de frutas em qualquer lugar. O que me encanta em você é o seu segredo. nele reside a minha vida agora. Só choro às vezes, comendo sucrilhos. "Meu Deus, como isto é bom!"

Nada de novo no mundo a não ser nós. Hoje você veio aqui e me disse literalmente: "O cérebro em seu seio flui macio e verdadeiro. Mas deixe um desvio acontecer: seria mais fácil você devolver a correnteza aos seus caminhos quando as correntes cortarem as colinas".

Odeio estar sozinho, mas não suporto interrupções. Abro minha janela e vejo, sabese lá o quê. Um esquilo, nunca vi. Com binóculos, menos ainda, nem formigas. "não é possível que no fim o milagre não aconteça." Como eu pensava em você, enquanto você não vinha.

Ninguém sabe de onde vem o vento. E tampouco as sobrancelhas. Dito isso, vamos nos perder. Muito mais razoável, portanto, é abrir espaço para o acaso, o fortuito. Afinal, a vida é gratuita, fortuita. Assim quis Deus. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos. E nos procuramos em vão.

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou. Quando penso em alguém, só penso em você. Nunca tive paciência com os escritores que reclamam do leitor um esforço para compreender o que eles querem dizer. As mais sutis reflexões podem ser expressadas com clareza. A descendência do caos, do mar e do céu. Ela me explicou, eu não ouvi.

Estou inventando uma nova visão do amor. A verdade é que não me lembro mais com o que não me conformo. Fã do oxigênio, arauto da luz, protetor das formigas. A vida é uma seqüência de tragédias com pores-do-sol. E o rio Amazonas com sua perturbadora biodiversidade.

Não sei o que será da Avenida Paulista quando Cronos agarrado em Zeus cuspir sua última pedra. De Ipanema quando Iemanjá e suas nove musas conferirem o divino poder das canções. O próprio comportamento sexual deverá tornar-se pingüim. E assim por diante.

Guardem isto: "Mudar as mentalidades e a vida dos homens". Os seres humanos são apenas uma parte do tecido da vida - dependentes do tecido completo para sua própria existência. Os amigos são como uma linha tão sutil que não notamos as costuras que nos unem. Não podemos ignorar as formigas. Elas são galáxias em si. E por aí vão. Cada animal é um fim em si mesmo - sai perfeito do ventre da natureza e gera filhotes. Eu falo em nome do verde da folha.

A meta é ar puro circulando, rios correndo limpos e desimpedidos, a presença dos pelicanos, águias e baleias em nossas vidas. Salmão e trutas em nossas correntes. Linguagem cristalina e sonhos bons. Outra operação.

Tipo tecido cósmico alinhavado. Não é possível que no fim um milagre não aconteça. Conosco vai tudo bem. Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio pau a bandeira da imaginação.

"Mas MuMu....."

Fim de papo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Post rápido

Sem nomes, aos que me ajudaram ae sábado, aos que me ligarma pra saber como tava, aos que deixaram de fazer algo por preocupação, é disso que eu vou lembrar sempre, nessas horas que a gente reconhece quem tá mesmo com a gente, vlw demais :*

Fim

domingo, 10 de maio de 2009

Redescobrimento


Hoje não estou aqui para postar coisas como de costume, hoje por incrível que pareça estou aqui para falar de mim. Então, se seu interesse é apenas em textos de auto-ajuda, procure algo do Alair Ribeiro hoje, e pare de ler por aqui.

Bem, no(s) último(s) meses, muita coisa têm mudado, mais distantes de uns, mais próximos de outros, e fazendo coisas com as quias nunca me imaginei fazendo antes. Ontem eu fui acampar, sim, exatamente isso, quem me conhece de longa data pode estranhar, mas é isso, ACAMPAR, no mato, com bichos, escuro, sem internet, barulho e poluição, cantando Kumbaya e assando marshmallow. Enfim, claro que fui com a idéia pre-concebida na cabeça. Mato, uma carne mal feita, um frio glacial, e volta pra casa, o que pode existir de graça nisso tudo? Nada.

Mas enfim, me enganei, redondamente. Primeiramente, pessoas fodas, Candidos' Family e Pedrão. Nem tenho como descrever o tanto que parecia que eles queriam que fosse importante pra mim, e foi. Segundo, fiz coisas impensáveis quando se trata de mim. Toquei reggae, nadei na cachoeira a meia noite num frio estonteante, eu também nem acredito ainda, mas enfim, mas mais importante, me redescobri, não sei se essa é a melhor palavra, mas é a única que eu tenho por enquanto, se tiver uma palavra melhor pra isso depois que ler o texto todo, por favor poste nos comentários.

Foram 3 momentos que eu preciso tentar descrever. Primeiro, um primeiro momento onde na verdade bateu uma pequena depressão (novidade), onde eu fiquei no carro a noite pensando em coisas. Pensamentos misturados, flashes antigos, amigos esquecidos, mulheres futuras, mas tudo muito random, nada muito lógico. Mas com certeza foi algo intenso pra mim. lembrei de coisas que eu não sonhava em lembrar. Depois eu conto pra quem quiser saber, PESSOALMENTE.

Segundo, esse foi o momento mais intenso e foda que eu vivi em toda a minha vida, e que como sempre, como todos os momentos fodas, eu não tinha ninguém do meu lado pra compartilhar comigo, não sei se isso é uma sina divina ou algo do gênero, mas sempre foi assim. E esse momento vai ficar comigo e apenas comigo, durante muito tempo, nunca sonhei qua algo de tamanho porte ia acontecer comigo, no meio do mato as 7:30 da manhã. A foto postada foi exatamente logo depois de ter acontecido, ninguém nunca vai entender essa foto, mas eu preciso que ela fique aí. Algo assim, já valeu meu ano todo, e talvez esse tenha sido o momento do redescbrimento, foi muito forte, e com certeza não esquecerei nunca. parafraseando um amigo ae, "eu tenho algo pra contar pros meus netos".

Terceiro, depois desse segundo evento fiquei meio abalado/feliz/estranho/abalado. E fui pra cachoeira sentei lá e fui repensar na vida, pois as visões tinham mudado um pouco. E agora todos os pensamentos da noite anterior, bagunçados ficaram claros, cheguei a muitas conclusões, amigos de verdade, falsos, ex-amigos, interesseiros, os que realmente gostam de você, os que não. Mulheres, ex, novas, futuras, paixões, desespero, brigas, alegrias, sim eu acho que já amei de verdade. Família, brigas, falta de afeto, culpa minha quase sempre, admito, vontade de mudar. Minha vida passou diante dos meus olhos. Literalmente minha vida inteira. Sim, chorei, fiquei alegre, nadei, lavei a alma. Cheguei a conclusão que de tudo que eu já vivi, e foi muito, eu posso tirar algo bom, e hoje eu tirei muita coisa boa, eliminei muita coisa ruim, filtrei o que tinha que ser filtrado e sei lá, uma fase nova, que talvez só eu entenda, começa agora. Quem quiser saber mais sobre, é só perguntar, mas isso não é conversa pra MSN.

GG, Bubu, Gudin, Pedrão. Foi com certeza a experiência mais intensa da minha vida, e vocês conribuiram 100% memso sem saber. Obrigado mesmo :*

Não sei quando eu volto aqui agora \o/

domingo, 3 de maio de 2009

Falaram mal de mim!

Eu tinha brigado com minha primeira namorada. (Pode também ter sido com a segunda. Sempre posso estar enganado. É um direito legítimo de um pseudo escritor barato como eu. balzac não poderia estar enganado. Tolstoi também não. Eu, sim. mas chega de digressão.) Ela, a primeira ou segunda namorada, me dissera coisas que pareceram pesadas. Eu estava arrasado. Meu sábio tio butequeiro notou meu estado de espírito lamentável. me perguntou o que acontecera. Respondi. Basicamente disse que ela achava que eu não valia nada. Que jamais seria alguém na vida. Que era preguiçoso. Que minha ambição era desumanamente pequena. Que por isso meu futuro era menos promissor que o de um chiclete mascado. Tenho que admitir que naquela tempestade de ofensas ela encontrou uma grande tirada, essa do chiclete. Ainda hoje, quando masco um chiclete, me lembro da comparação. De certa forma me vejo ali no chiclete mascado. (O tempo provaria que em muitas coisas ela acertara nos vaticínios sombrios. Mas não quero falar sobre isso aqui.)

Meu tio, com sua voz de Fred Flintstone, me disse que um dia eu entenderia que o importante não é o que as pessoas pensam sobre a gente. Mas o que nós pensamos de nós mesmos. A opinião alheia pesa muito mais sobre nós que nossa própria opinião. É engraçado. É patético. Somos vulneráveis, infantilmente vulneráveis ao que dizem e pensam de nós. Se nos elogiam, exultamos. Se nos criticam, ficamos deprimidos. O que nós mesmos pensamos sobre nós e nossas ações quase não interessa diante da opinião, da voz alheia. E então me ocorre uma conversa posterior do meu tio sobre o mesmo assunto. Sabedoria, quando alguém vem dizer que falaram mal de você, segundo meu tio, é responder que aquela pessoa maledicente não sabe metade dos seus defeitos.

Somos escravos da opinião dos outros. Achamos que eles julgam grande nosso nariz? Pagamos 5 mil reais por uma cirurgia plástica. Achamos que eles não gostam das nossas roupas? Vestimos as roupas que eles gostariam que nós vestíssemos. Achamos que eles só nos respeitarão se tivermos um carro novo e caro? Compramos. Vivemos, por paradoxal que seja, para os outros, não para nós mesmos. Você e sua namorada, por exemplo. Aposto que você, antes de fazer alguma coisa no relacionamento, pensa no que ela vai pensar a respeito de sua atitude. Não no que você vai pensar. Essa atitude de tentar agradar aos outros e esquecer da sua própria opinião .... nem comento.

Claro que não estou advogando o egoísmo. É o oposto. Estou simplesmente dizendo que o importante é que você se respeite, não que os outros o respeitem. E a gente faz coisas horríveis na tentativa desesperada de conquistar o respeito dos outros. Coisas que muitas vezes nos levam a perder o respeito por nós mesmos. (Alguém falou aí em filosofia barata? Mas o que mais poderia se esperar de um pseudo escritor barato? Raciocínios de Platão?) Se estamos acorrentados à voz alheia, sofremos freqüentemente por um reconhecimento que não vem. Isso acontece na vida amorosa. E talvez mais ainda na vida corporativa. E então termino com uma frase que meu tio gosta de citar. Confúcio, se não me engano. (Mas posso... bem, não vou repetir.) Mais ou menos assim: o sábio está demasiadamente empenhado em fazer coisas que lhe trarão reconhecimento para perder tempo esperando por reconhecimento.

fikdik

sábado, 25 de abril de 2009

Aqui. Agora


Por mais clichê que possa parecer, leia até o fim :)

Gosto de um pensamento essencial do zen-budismo (alguém me disse que era). Mais ou menos assim: o passado já passou. Não importa mais. Para que ficar pensando nele, para que se atormentar com o que já aconteceu? O futuro ainda não existe. Para que se preocupar ocm ele, se não temos idéia do que será o amanhã? O que há de concreto é o presente. O aqui e agora. Viver concentrado no presente, sem voltar inutilmente a mente para o passado nem encaminhá-la também inutilmente para o futuro, é parte da resposta para quem tenta livrar-se das aflições, ansiedades, amarguras que fazem parte da vida de todos nós.

Acho que esse jeito zen de ser teria muita utilidade na vida romântica. Quanto tempo os casais não perdem em brigas e sofrimentos por causa do passado ou do futuro? Esse tempo desperdiçado poderia e deveria ser desfrutado alegremente se vivêssemos o presente, se nos focássemos em aproveitar o que está aconteecendo aqui e agora. Hoje você me ama e eu amo você, e estamos uito felizes por ser assim. Uma atitude baseada nesses pontos elementares traz felicidade. Mas o que acontece quase sempre é exatamente o oposto. Recriminações e amarguras mútuas por coisas passadas. Preocupações muitas vezes neuróticas com um futuro cuja existência está apenas em nossa cabeça. Então jogamos cruelmente no lixo o que poderiam ser momentos de prazer. E optamos, por força de uma mente que se agita como um cavalo selvagem, pelo sofrimento. Isso não é deliberado. É involuntário. Mas a dor é a mesma.

"O.k., MuMu", você pode perguntar, "mas o que posso fazer para mudar?" Eis uma boa pergunta, para a qual não tenho uma resposta precisa, somente algumas pistas. Uma dessas pistas me sugere que talvez diminuíssemos consideravelmente nossa dor se procurássemos entender que tudo é impermanente. Há um tempo para nascer e outro para morrer. Há um tempo para florescer e outro para decair. Tudo o que se ergue se destrói. Tudo passa. A juventude. O vigor. O cargo.A carreira. Esse blog onde eu digito minhas ridículas opiniões. O amor. Isso é a impermanência. Na tentativa desesperada de deter o que não pode ser detido, sofremos intensamente. E em vão. Tente segurar a água nas mãos. Ela escorrerá, quer você queira ou não. Tente segurar o ritmo da vida. Também não adiantará. Se compreendemos a i mpermanência e, ainda mais que isso, a aceitamos, estamos preparados para viver o aqui e agor ano amor. E em tudo o mais. O amanhã? Quem sabe? E o que interessa? Sobretudo: quem o controla? Se não bastasse tudo isso, ele está tão distante não é? Amanhã você vai estar junto da mulher que tanto ama hoje? Você pode se atormentar com essa dúvida e estragar grandes momentos. Ou pode apenas gozar o presente. Experimentar a eternidade de um instante que se desvanecerá com a rapidez com que uma onda se desfaz ao chegar à beira do mar, mas cujo encanto perdurará num tocante e poético desafio à impermanência. O aqui e agora.

E então olho para o espelho. Vejo quantas coisas perdi, na vida amorosa, por estar preso ao passado e cheio de insegura ansiedade em relação ao futuro. Tantas passagens que poderiam decorar gloriosamente as paredes de minha memória foram manchadas por minha incapacidade de abraçar apenas o presente. Tanta felicidade ao alcance de meus dedos e no entanto a opção cega pela dor, pelo medo, pelo rancor. Sinto uma vontade excruciante de pedir desculpas a quem feri por não conseguir viver o aqui e agora. Eu achava que sabia muito sobre o amor e era um ignorante pretensioso. Ainda sou. Mas você só pode enfrentar a ignorância se reconhecer primeiro que é ignorante. Reconheço. A caminhada é longa e árdua. Exige disciplina, exige esforço da mente, exige concentração. Mas, como dizia meu sábio tio butequeiro do interior, toda jornada começa pelo primeiro passo.

PS.: como eu queria seguir tudo que escrevo :/

PS 2: Idéias para o texto tiradas depois de uma longa e boa conversa com um grande amigo pelas madrugadas da vida. :)

domingo, 19 de abril de 2009

A esquina

O mundo cabia ali, naquela esquina. Meus amigos e eu naquela esquina. Paaso por ela em minha mente, tantos anos depois, e revejo por um instante os rostos jovens, inocentes e cheios de esperança da turma que se reunia na esquina. Éramos jovens, éramos imortais, éramos os invencíveis. O Totó, o Zezé, o Banus, o Minhoca, o Ed, o Artime, o Pepê. O Belisco e o Maguila. Cada um de nós têm na memória dois ou três lugares que definiram uma época, uma ida, um sonho. Aquela esquina é, para mim, um desse slugares sagrados.

Meus amigos. Descer a minha rua para encontrá-los na esquina era um grande programa. Eu podia contar com meus amigos. Eles podiam contar comigo. Éramos um só. Isso acontece apenas em momentos especiais. Você e seus amigos como um todo. Depois a vida como ela é se apresenta e os amigos se dispersam. Ficam fragmentos, às vezes. Mas a verdade é que aquela proximidade, aquela intensidade, aquela intimidade, aquela cumplicidade, isso fica lá pra trás. Existe um momento solene e impassível de repetição em que os amigos e nós somos um só, e exatamente por isso podemos enfrentar tudo. A minha esquina. A nossa esquina. Ríamos muito. Encontrávamos em tudo motivos pra rir. Amigos riem muito. Basta às vezes um olhar. Todos entendem o significado desse olhar mudo e todos caem na gargalhada. Muitas vezes o humor entre amigos vem simplesmente do nada. Como diz meu sábio tio butequeiro, um homem sábio do interior, a mais legítima prova de amizade está na risada sem motivos. Nós ríamos com motivo e sem motivo na esquina.

E flertávamos também. Lá vinha a Ana Estela com seus olhos assombrosamente azuis. Mais azuis do que um céu de verão adolescente, juro. Ela e outras meninas passavam a uma prudente dstância de nós. Jamais na mesma calçada. Mas a verdade é que estávamos muito mais ocupados em rir do que em namorar. Depois que crescemos um pouco os risos se alternaram com inquietação. Foi na esquina que recebemos, perplexos, a notícia de que o Badô tinha se matado. Virou o revólver contra a cabeça e apertou o gatilho. Um pouco mais velho que nós. Drogas. Aprendemos muita coisa sobre a vida na esquina. Agora também aprendíamos sobre a morte. A morte absurda, jovem, estarrecedora. Outras baixas haveriam. O Edu numa briga. O Mingo numa moto. Talvez não fôssemos tã imortais quanto supúnhamos.

E eis que a esquina como um ponto mágico um dia se perdeu. Tento lembrar se houve uma última vez, um último encontro. Não, não houve. É como se um dia tivéssemos combinado de nos encontrar no dia seguinte na esquina e, por alguma razão insondável, simplesmente não tivéssemos comparecido. Melhor assim. Imagino, olhando para trás, como teria sido dura uma despedida de nós e de nossa esquina, um dia tão amada como a mais amada das namoradas. Ninguém se despede da inocência sem tristeza e dor. E então me ocorre que se por um momento eu pudesse voltar a ser garoto, correria à esquina e diria a meus amigos: "Amo vocês. Obrigado por tantas coisas boas." Nós não nos despedimos. Apenas um di adeixamos de aparecer naquela esquina em que cabia o mundo, e à qual às vezes volto, na imaginação e na saudade, em noites frias e escuras na busca do calor e da luz que a mera lembrança dos meus amigos traz.

Agor aminhas esquinas voltaram a existir, um pouco diferentes de uma esquina real, mas com o mesmo sentimento da minha esquina antiga, Minha esquina chamada MSN onde eu encontro com meus amigos que ficam longe de mim, minha esquina na casa do Gudin, onde eu me divirto tocando forró (sim, exatamente isso, eu me divirto tocando forró), e onde as risadas sem motivo revivem novamente, minha esquina chamada "meu quarto", onde meus amigos passam noites e noites conversando até as 6 da manhã, rindo de um ronco ou de um peido, coisas idiotas que fazem da minha vida algo que valha a pena se lembrar.

Enfim, que essas esquinas não se desfaçam mais, nunca mais. Desculpe pelo texto longo.

:*

domingo, 12 de abril de 2009

Amizade e hipocrisia.

Bem, esse texto talvez seja um pouco controverso, mas é legal analisar as coisas por um outro lado.

Eu confesso: não sou amigo de ex-namoradas. Ao contrário de outros caras, não faço o menor esforço para manter a amizade de quem saiu da minha cama... ops, digo, vida, dos meus pensamentos e da minha agenda. Não é por raiva, não é por mágoa, não é por revanche. É simplesmente por desinteresse. O elo que nos uniu foi rompido na separação. Aquela vontade de estar junto, de compartilhar as pequenas coisas do cotidiano, de trocar um olhar furtivo e cúmplice no meio da multidão perdeu-se. Não sobra base nenhuma em cima da qual construir uma relação de amizade. Quem já foi tudo para alguém é melhor que se transforme em nada, com a ruptura, e não em pouco.

Não estou dizendo que se deva ser rude, tosco, bruto. Não advogo aqui que se vire o rosto pro lado num reencontro fortuito. Ou que se bata o telefone na cara ao ouvir aquela voz cujo timbre, poder e influência tiveram tanto significado pra você. Também não prego que se lancem calúnias sobre ela e, embora seja grande a tentação, sobre ele, o novo homem. (Porque o novo homem é inapelavelmente um perfeito idiota, um canalha absoluto.) E acho uma tolice, na separação, pegar por birra, e só por birra, os livros e os discos que você sabe que são os prediletos dela. Tudo isos seriam provas de um espírito fraco, vingativo. O que recomendo, e pratico, é a indiferença. A indiferença pode ser natural, o que é a melhor opção. Ou pode ser também cultivada, caso a namorada perdida continue a ter presença em seus pensamentos. O que se deve evitar, enfim, é a continuação empobrecida, sem sentido e quase sempre hipócrita de uma relação que se acabou.

Por mais que se diga e que se finja que não, um homem só é genuinamente amigo de outro homem. O pequeno grande código da amizade não mistura homens e mulheres. Imagine dois amigos num bar, falando de futebol. Mais especificamente do soberbo futebol que alguns clubes têm praticado ultimamente. A descrição da série endiabrada de dribles daquele jogador é bruscamente interrompida quando uma mulher gostosa passa diante dos dois amigos. Ambos olham pra ela, depois um para o outro, e então vem um sorriso que diz e resume tudo. E enfim se retoma a conversa paralisada: isso é o retrato da amizade entre dois caras. É impossível reproduzir essa situação quando se trata de um homem e uma mulher. Logo, não há chance de amizade. Eu citei uma situação clássica, na verdade odeio futebol. Mas há dezenas de outras, que vocês conhecem tão bem quanto eu. E sei que o inverso é também verdadeiro: uma mulher só é realmente amiga de outra mulher. (Embora a inveja e a rivalidade entre as mulheres, em geral num grau acentuadamente maior do que o que se verifica entre nós, atrapalham muitas amizades. Mas isso é problema delas, não meu).

Uma relação entre um homem e uma mulher pode ser divina. Uma das maiores bençãos que os deuses concederam ao homem é estar dentro de uma mulher amada, unidos no corpo, unidos na alma, num lapso de tempo que, embora precário, se confunde com a eternidade. Uma dupla, metade masculina e metade feminina, pode formar um universo de enlevo, êxtase e inspiração. Mas a amizade fica de fora. Sejamos objetivos: o único amigo genuíno que uma mulher pode encontrar no gênero masculino é, até para reproduzir a situação clássica masculina, aquele que há de compartilhar com ela um olhar cúmplice de admiração quando irromper um homem considerado bonito oO.

Enfim, claro que muitas pessoas não concordarão com isso, até muitos homens. E queria que não me levassem a mal, não sou tão ranzinza quanto pareço, eu acho.

Fikdik.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nosso amor de ontem

E então alguém fala de você. Tantos anos se passaram não é? Éramos adolescentes e estávamos descobrindo aqulea coisa ao mesmo tempo gloriosa e miserável chamada paixão. Ao ouvir seu nome, que em outros tempos teve o poder de me tirar o fôlego e o equilíbrio, empreendi uma viagem no tempo. Vi você menina que se tornava mulher: os olhos verdes que enfeitiçaram a mim e a quase todos os meus amigos, o sorriso confiante de quem não teme obstáculos, a alegria soberba de quem é jovem e imagina que jamais vai deixar de ser.

Vi você naquela festa de uma amiga sua para a qual você, para minha alegre surpresa, me convidou. Aquela festa é a melhor cena que guardo dos breves e intensos e coloridos momentos de nosso amor de ontem. O vestido azul sobre a camisa amarela. Parecia uma escoteira. Era uma festa chique para meus padrões de classe média. Eu me sentia intimidado por tudo. Por seus amigos ricos, pela elegância do salão, por você mesma. Sim, eu me sentia intimidado por você. Anos depois, entendi que o medo de perder você me fez perder você. Mas éramos adolescentes naquela festa, não éramos? Como entender sutis mecanismos psicológicos?

O que sei é que você estava maravilhosa. A menina mais linda da festa. Ainda que houvesse concorrência, eu não tinha olhos pra mais ninguém. (Ao escrever isso, me vem à cabeça uma canção romântica americana: Through Her Eyes. Eu queria que esse blog tocasse essa canção tão perfeita). Eu só tinha olhos pra você. E então você me chamou para dançar. Se eu não fosse tão inseguro, se não me achasse tão pior e menor que você, acho que já teria percebido seu interesse por mim. O convite para a festa foi uma pista e tanto. Sábado à noite. Ninguém convida ninguém para uma festa sábado à noite sem um motivo claro. E então vejo a mim memso naqueles dias: um carro velho emprestado por meu pai. Roupas herdadas dos meus primos. E o andar ligeiramente trôpego de alguém totalmente inseguro e sem saber o que fazer. Tudo isso e mais o sonho tornado vão de escrever livros como os de Stephen King.

Só acreditei que você sentia alguma coisa por mim quando nos beijamos. Acho que partiu de você a iniciativa. Todas as iniciativas partiram de você. O começo e o fim. A retomada frustrada. A dedicatória de um livro na qual você dizia que era impossível me entender. Mas não queros lembrar momentos tristes. Meu desejo é recapitular aquela festa. O beijo. O primeiro de verdade. Não podia ser verdade. Tento encontrar palavras que descrevam a minha sensação de triunfo quando os nossos lábios se uniram, mas todas as que me ocorrem parecem diminutas diante da enormidade daquilo que me assaltou a alma. Rio agora diante do pensamento de que a reação mais lógica que eu poderia ter depois do beijo era, simplesmente, dizer obrigado.

Alguém diz seu nome, tanto tempo depois. E eu tolamente a reconstruo garota. Não, o tempo não desfez aquele frescor, aquela maciez, aquela beleza clássica. Não, a vida não frustrou seus sonhos ingênuos de menina. Não houve dor, não houve sofrimento, não houve separação, não houve perdas para você. Não houve doença. Fico pensando nessas coisas bobas e não alcançáveis. Por um instante acredito que o tempo parou, magicamente, quando você era a menina mais linda de todas. Talvez seja meu agradecimento desajeitado a tantos momentos sublimes que você me proporcionou. Talvez seja apenas mais um tolice entre tantas as que tenho feito. Sò lamento que você nunca lerá isso.

sábado, 28 de março de 2009

O nascimento do bobão


Como estou num dia raivoso voltarei com um texto "machista", apesar de eu não considerar meus textos como tais, fui rotulado assim, então, vamos lá.

Homem bonzinho é uma diabólica invenção feminina que não atende aos interesses masculinos. Significa ser um sujeito sem sal e por quem mulher alguma sente tesão. É sempre simpático, atencioso e excessivamente educado. Entende a alma feminina de uma forma especial, mais até que as próprias mulheres. Mas no fundo não passa de um cachorrinho de madame, com vantagem de falar e não fazer xixi no tapete. Uma espécie de secretário pessoal, o bonzinho não chega a ser feminino ou afeminado. Mas é o tipo de homem que uma mulher pode facilmente substituir por um objeto funcional, quem sabe uma revista ou um livro, ou mesmo um copo de coca. Sob o ponto de vista feminino, ele é o amigo perfeito para todas as ocasiões, sempre submisso e subserviente. Por isso, ela tem a tranquilidade de trocar de roupa ou dormir na mesma cama, sabendo que nada fora da rotina vai acontecer entre eles.

Todo homem corre perigo de cair nessa esparrela e, mesmo sem querer, se tornar um homem bonzinho. Quase todos percebem o problema a tempo e restabelecem a ordem entre os sexos. Um cara percebe se está nessa situação se a atração inicial por ele for substituida por uma amizade profunda e desinteressada. Enquanto ele morre de vontade de dar um amasso na moça, ouve, contrariado, detalhes da relação maravilhosa dela com outro sujeito... É foda!

Quer saber como nascem os homens bonzinhos? Historicamente, esses capachos humanos - considerados como disfunção patológica do macho - têm suas raízes na educação feminina. Se a gente deixar, a maioria das mães, cedo ou tarde, estará fazendo de seus filhos novos exemplares de homens bonzinhos. E esse trabalho será completado por uma rede de outras mulheres, como babás, professoras, tias e todas as que fazem parte desse complô que visa domar os meninos desde pequenos. Todas se realizam em gerar homenzinhos dentro de uma concepção do que elas gostariam de ver num companheiro imaginário - e que não tem nada a ver com a realidade biológica do sexo masculino.

Os pobrezinhos, se não surgir um contraponto à altura (como um homem mais velho que os oriente melhor), vão passar a infância e a adolescência aprendendo como ser gentis com as mulheres, neutros na sexualidade e desinteressados se o sexo oposto não tomar a iniciativa. Aprendem a se comportar do jeito que elas querem, "para que possam se sentir orgulhosas deles". Já ouviu essa expressão antes? Claro, pois esse é o discurso padrão de todas. Diante dessa covardia, dá vontade de chorar pensando nos garotinhos indefesos arrastados por essa terrível arapuca psicológica.

Felizmente, a maioria dos homens se recupera, uns mais cedo, outros mais tarde, dessa tentativa feminina de manipulação de atitudes. No entanto, muitos tombam por aí. Mesmo sem ter consciência do que se tornaram, eles estão irremediavelmente transformados em homens bonzinhos. E é para esses anônimos e inconscientes coitados, vítimas das circunstâncias, que dedico esse texto.

PS: e sim, eu já fui um homem bonzinho :/

quinta-feira, 26 de março de 2009

Enquanto não tenho idéias, vo colocar aqui a letra de música mais verdadeira, mais foda, que existe na face da terra. Fim de semana eu posto algo meu.

E sim, como eu queria escrever coisas fodas igual essa música.

Enjoy


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece?
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava?
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava,
Hoje são bobos ninguém quer saber.
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava,
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

domingo, 22 de março de 2009

Sofrimento e felicidade

Bem, pra pararem de me chamar de machista, vou escrever sobre algo um pouco diferente hoje, sofrimento, algo meio depressivo mas constante na vida de qualquer pessoa que respire.

Em uma conversa com meu tio, um filósofo de buteco do interior, ele me contou uma lenda budista. Era mais ou menos assim... Desesperada com a morte de seu filho, certa mãe recorreu ao Buda. Ela queria que o Buda o ressuscitasse. Ele disse que sim. Mas desde que ela obtivesse não lembro bem o que - se não me engano, grãos de mostarda - na casa de alguma família que jamais tivesse passado pela dor da morte de alguém importante. A mãe tentou, e tentou, e tentou. Não conseguiu. Em toda casa na qual batia havia histórias de morte e dor. O Buda não ressuscitou o filho perdido. mas fez a mãe enxergar a morte de outra forma. Ela não estava sozinha no sofrimento.

Voltei a encontrar essa história que me foi contada pelo meu tio num livro do Dalai Lama a tempos atrás. Confesso que ao lê-la, me senti orgulhoso do meu tio butequeiro. Ao chegar ao trecho, tive a vontade ingênua de fechar o livro e sair gritando, numa tolice triunfal: "Eu já conhecia essa história, eu já conhecia!"

Aquela maravilhosa fábula budista do sofrimento se aplica ao amor romântico. Quando alguém que amamos nos abandona, nos sentimos arrasados. nada mais tem graça. Tudo parece perder o sentido. A tristeza se amplia por uma sensação que sempre está presente nessas ocasiões: a de que só nós sofremos. Todo mundo está tão feliz, todos os casais se dão tão bem, todos os amores têm final tão feliz. E só eu aqui no chão. Só eu sofrendo. O mundo parece, nessas horas, horrorosamente injusto. E à dor concreta da perda se acrescenta a impressão abstrata e cruel de que, num mundo perfeito e feliz, fomos arbitrariamente escolhidos para experimentar o infortúnio. A vida pode ficar então, insuportável. Porque não existe nada mais dilacerante que a dor solitária.

Só que ninguém é solitário na dor. Nas palavras simples e irrefutáveis do Dalai Lama, o sofrimento é o elo que une a humanidade. Ricos ou pobres, brancos ou negros, ninguém escapa ao sofrimento. Sim, eu sei que você já sofreu por um amor, pode ter guardado pra você, sempre estar feliz perante todos, mas sozinho voc~e já sofreu, quem não sofreu por amior, não viveu ainda.

Não vou dizer que o sofrimento alheio nos alegra. (Se isso acontece, temos a prova de que somos definitivamente mesquinhos) mas, quando notamos que não estamos isolados em nossa dor, podemos vê-la sob outra perspectiva, como a mãe da fábula budista. E assim talvez tenhamos melhores condições de lidar com ela. Não há ninguém que não tenha passado por uma desilusão amorosa. Ou duas. Ou três, ou mais. Você não é o único.

Que ninguém confunda: não estou fazendo apologia do sofrimento. Estou apenas dizendo que se pode ver a dor sob diferentes aspectos. E quase sempre preferimos vê-la sob o pior. E já que comecei o texto com budismo, termino com uma frase do Dalai Lama que deveríamos deixar eternamente pendurada na parede de nossa mente: "O propósito da vida é a felicidade". Aprender a lidar com o sfrimento é o primeiro e vital passo nessa busca.

PS: esse ficou grande mas leiam e comentem.

PS2 : (não o da Sony): não, eu não sou budista e ainda falo pra todo mundo que odeio livro de auto ajuda, e é serio. :x

segunda-feira, 16 de março de 2009

Essencial

3 da manhã, o olho não fecha, todos os seus pensamentos voltados pra um único problema, aquele problema que era pequeno e agora é gigantesco, que em sua mente foi igual uma bola de neve, talvez um problema que não merecia tanto, mas como diz minha sábia avózinha: "a noite todos os problemas se multiplicam e parecem maiores."

Nessa reviravolta mental e física você precisa falar com alguém, tem que existir uma única pessoa que queira te ouvir. Aqui o mundo para e eu faço um adendo: se aquele nome te veio a cabeça sem nem pestanejar, considere-se um felizardo, você tem um amigo, caso contrário, me desculpe, você é um desafortunado, e não sabe o que é ter alguém em quem você possa confiar.

Eu sou uma pessoa que gosta muito de falar sobre amizades, porque até hoje, e sim, não serei modesto nem um pouco, eu não conheço ninguém que dê mais valor a isso do que eu. Me desculpe se eu ofendo alguém, se me acho o foda, mas nem é isso, quem me conhece já sabe que eu passei por mal bocados, mas também já passei por bons.

Ter aquela pessoa com quem desabafar sobre sua unha encravada as 3 da manhã é o ápice da satisfação, da certeza de que nunca vai ficar sozinho, e me desculpem mulheres, no fundo, amigos são mais importantes. Não que vocês não sejam, mas enfim. Amizade entre homens e mulheres é assunto pra um próximo texto.

Então aqui vai uma dica: se você é um dos que sabem que tem amigos, agradeça a sei lá quem, quem você quiser, ao Buda, Deus, Thor, SOl, Lua Zeus, Charles Chaplin, Mike Portnoy, não interessa, qual o seu Deus. Caso contrário, só lamento.

PS.: Amizade nunca é demais, e nunca é tarde pra achar um amigo, se isso serve de consolo, fikdik.

:)

sábado, 14 de março de 2009

O humor que nos separa

Tirando as gloriosas diferençs anatômicas, ouso afirmar que no humor repousam as maiores distâncias entre homens e mulheres. E não estou me referindo ao período horripilante da TPM, porque nós, homens, também temos a nossa.

Sob o ponto de vista masculino, mulheres cultuam o sem-graça. Compare: enquanto a gente trucidava Playmobils com espingardinha de chumbo, elas davam banho em Barbie. Elas paecem achar sensacional se perder à noite procurando uma rua. Nós, não. Ve uma coisa de dentro, nós queremos sangue, pomos a culpa nelas, que não sabem achar uma rua no guia e ainda mexem no retrovisor pra conferir o batom.

Elas acham graça na nossa graça, como se fõssemos um tema de pós-graduação em estudo. Rir do outro eu aceito. Até recomendo. Rir porque o outro está rindo é foda. Rir é um ato egoísta, vem de dentro pra fora e escapa da boca pra fora; melhor ainda se você estiver com a boca cheia de refrigerante. Com sorte sai pelo nariz.

Fazer homem rir é fácil. basta um pezinho no ridículo, um filme idiota qualquer, Debi & Loide, etc. geralmente nossas mulheres, amigas, mães, cunhadas etc, riem porque estamos rolando no chão de rir, e não pelo ato idiota do filme em si.

Quando uma mulher vai achar graça numa corrida de velotrol em Jackass? Enfim, O assunto é cativante, pensei em me aprofundar na alma feminina pra entender o que se passa lá dentro, o motivo de porque fazer a unha é tão legal e ler o jornal na mesa é muito chato, essas coisas.

Se um dia você me perguntar por que os nossos humores se revelam de maneiras distintas, posso responder de maneira definitiva: eu vou lá saber? Só sei que a gente se diverte bem mais, e eu com 20 e alguns anos, me divirto igual criança de 12, sei lá se um dia eu cresço, mas é assim que aproveito minha vida, com meu humor chulo e idiota.

PS: Valeu Manel, por ter feito, mesmo sem querer, eu ter vontade de escrever de novo. huaUHahuaUHa

VIP :)