domingo, 12 de setembro de 2010

O que eu acho disso tudo

Bem, esse post não vai ser sobre algum assunto geral, ou universal, vai ser mais específico.

Muita gente (muita mesmo) me perguntou o que eu acho da saída do Mike Portnoy do Dream Theater. Acho que agora depois de 3 ou 4 dias, já posso pensar melhor nisso tudo e ter uma opinião mais sensata.

Bem, como praticamente todos que me ocnhecem sabem, Dream Theater é a banda que eu sigo, me dedico, gasto horas da minha vida ouvindo, analisando, estudando sobre, etc. Então por isso acho que tenho embasamento necessário pra falar o que eu acho, se discordar, fuck you, o blog é meu. (troll mode on).

Vamos aos fatos: Mike Portnoy solta uma nota oficial dizendo que decidiu deixar a banda pois queria um tempo e isso não foi concedido. Resumidamente isso com mais algumas pitadas de drama. A grande nação de fãs xiitas da banda se dividiu, alguns concordando com o Portnoy outros discordando. Vou falar sobre o lado que eu estou.

Por mais que goste, admire, idolatre e talvez até entenda o Portnoy um pouco, acho que foi uma atitude sem noção, que com certeza ele vai se arrepender, aliás, pela entrevista que ele deu, já se arrependeu. Sim, ele trabalha demais pelo Dream Theater, cuida não só do lado musical, mas também como várias outras coisas: monta setlist, tem um contato enorme com os fãs, produz, manda, desmanda, impõe, ops, falei demais. Só que ninguém vê o que a banda fez por ele. Todos o apoiaram no tratamento dele, banindo todo e qualquer tipo de bebida pra sempre, aceitaram a condição de ele mandar e desmandar e fazer tudo do jeito que ele quer, e com isso tudo, os outros deixaram de ser sinônimo de Dream Theater. Nada maior que isso em minha opinião.

Ae me vem o Portnoy, pede um tempo pra poder se divertir com outras bandas, enquanto os outros esperam sua boa vontade. Claro que ele achou que eles iam aceitar, porque tudo sempre foi do jeito que ele quis, mas pra sua surpresa, vejam só, disseram não. E com toda razão, porque eles parariam? É a vida deles, de todos eles, a fila anda. Achei a melhor atitude possível contra a atitude um tanto quanto egoísta do nosso querido ex-baterista.

Mas vejamos pelo lado bom, talvez essa saída dê uma injeção de ânimo na banda, as coisas não serão mais do jeito que o Portnoy quer, talvez o Myung volte a compôr, talvez eu volte a escutar as linhas d baixo, talvez o Rudess influencie mais uma volta às raízes prog da banda. Acho que no fim será um mal que veio para o bem.

Agora quer saber o fim da história? Anote aí, dentro de um, dois ou três anos, Portnoy estará de volta, porque ele não terá ninguém pra mandar, e claro com certeza, ele é parte fundamental do Dream Theater, sempre será. A banda grava um DVD/CD Reunion Tour, seremos felizes pra sempre.

Finalizando, me senti como se minha mulher tivesse me traído por um rapazinho com metade da minha idade, que está cheio de vigor sexual, metendo 5 vezes por dia, enquanto a gente fazia isso 3 por semana. Primeiro veio a fase de não entender porque fui trocado, de tentar entender o que eu não tenho que os outros têm, enfim, a fase de achar um culpado. Depois veio a aceitação e a depressão, e agora vem a fase de achar que não foi de todo mal, de que quem sai perdendo na verdade não sou eu.

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