quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pnsão Alimentícia S/A

Não resisto a comentar a história do senador suspeito de corrupção que teve uma filha fora do casamento. Corrupção é coisa pra Justiça tratar, mas sobre ética qualquer um pode refletir - ou a falta dela. Hoje em dia, pós-exame de DNA, tornou-se comum: você transa com uma mulher, às vezes só por uma noite, ela engravida e, depois de provar que o filho é seu, o obriga a pagar pensão.

Com certa dose de dor-de-cotovelo por ser a amante de uma gata, a esposa traída pelo tal político resumiu a bagunça à seguinte frase: "Homem é mesmo muito besta". Para ela, seu queridinho caiu em um golpe: teria sido "vítima" da sedução da bela jovem jornalista. Acho ridículo esse raciocínio. Mas...

Sempre me intrigaram esses casos de homens poderosos cujas namoradas (ou amantes ou casos fortuitos) engravidam sem o seu consentimento. Sem consentimento em termos: a princípio, um cara que não é vasectomizado ou estéril deve sempre partir do pressuposto que pode gerar um filho. Portanto, o erro fundamental é do homem. se não quisesse ter filho, que usasse camisinha, ora.

Uma vez empenhada, é raríssimo que uma mulher submeta seu filho a um teste de DNA sem ter a certeza de que o sujeito é o pai da criança. Além de ser um total mico se der negativo, só uma pessoa totalmente promíscua poderia não saber que foi fulano ou beltrano o autor da proeza. os jogadores de futebol que o digam. Quantos deles já não se viram numa situação semelhante e não deu outra: gol pras maria-chuteiras...

A questão pra mim é a seguinte: se o interesse dessas moças, como elas dizem, é salvaguardar as crianças, por que optaram por tê-las sabendo que não iriam ter pai? Se só pensavam no bem-estar os pequenos, como não se deram conta de que é importante pra eles ter pai e mãe? Ou acasos roqueiros de fama internacional que só vêem o filho brasileiro uma vez por ano (e olhe lá) podem ser considerados "bons pais"?

É mentira delas. A última coisa que essas mulheres pensaram foi na criança. Tiveram o bebê algumas por vaidade de ter um filho de pai famoso, outras por puro interesse. A paternidade, para elas, se resume a pagar pensão alimentícia. De preferência a mais alta possível, para cobrir os futuros danos psicológicos na criança dessa ausência paterna. haja empreiteiro amigo pra ajudar.

O mais interessante é que antigamente o chamado "golpe da barriga" era feito por uma razão até um pouco mais "nobre", vá lá: A mulher apaixonada embuchava pra tentar agarrar o amado. Hoje nem isso.

Ter filhos é uma decisão que se toma a dois. Aind amais hoje em dia, quando muitos homens estão dispostos a participar da criação, a dar carinho, a dividir as tarefas. pensar o contrário é machismo também: "Ah, a mãe é mais fundamental que o pai...". Não, não é. Ambos são fundamentais. Quem põe um filho no mundo sem se preocupar se ele terá pai - pai de verdade, não um nome no registro civil - é egoísta. E egoísmo não combina nada com maternidade.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ó Suzana

Quatro de Fevereiro de 2007 entrará para a história das relações entre os sexos. Em livros e teses de mestrado, psicólogos e sociólogos que ainda usam fraldas vão registrar a reviravolta definitiva. Nesse dia, a atriz Suzana Vieira perdoou e recebeu de volta à casa - com um delicioso churrasco de boas-vindas - o marido. Reconciliou-se, assim, com o homem que a humilhou publicamente. E, um mês depois, ela ainda teve ânimo para assumir o corno no Fantástico!

Vamos aos fatos. No dia 20 de Dezembro de 2006, Marcelo da Silva, o policial militar desposado por Suzana, foi preso no motel Queen por agressão a uma garota de programa chamada Fabiana. O veículo da SV Produções, usado pelo PM, foi recuperado dias depois no motel por funcionários da empresa da atriz. Uma vez liberado, Silva internou-se numa clínica de reabilitação da qual saiu direto para o churrasco. Esses acontecimentos foram noticiados por jornais e revistas do país inteiro.

Permita reiterar. O marido foi flagrado com outra num motel. Era uma prostiuta! Usava o carro da esposa! Estava bêbado ou pior! Isso aconteceu 81 dias após o casamento!! Cinco dias antes do Natal!!! E todo mundo ficou sabendo!!!! Todo mundo mesmo!!!! Pior: agora, o casal pode ter de pagar 70 mil reais que Fabiana pede por "danos morais" (um aparte: só no Brasil...)

Rapazes, regozijem-se! Suzana Vieira inaugurou um novo padrão de "mulher compreensiva". As outras podem até dizer que ela já passou um pouco do ponto, mas devem admitir que é bonita, simpática, rica e que, portanto, poderia arrumar outro bonitão para chamar de seu num estalar de dedos. Assim, não podem atribuir tal atitude a falta de opção, medo da solidão ou qualquer outra condição, social ou psicológica, desfavorável.

Leia-se: o jogo virou ainda mais a nosso favor. Afinal, o que é chegar em casa trêbado, às 3 da manhã, após um hapy hour com os colegasou um singelo pôquer com amigos frente à robusta obra do Sr. Marcelo da Silva? Nada! Os pequenos deslizes pelos quais homens de todas as idades deste Brasil são penalizados há décadas tornaram-se, de uma hora para outra, quase insignificantes. Graças a Suzana, estamos um pouquinho mais livres. Namorados e maridos não mais sofrerão repreensões, broncas ou mesmo admoestações descabidas. É claro que elas não se tornarão mais tolerantes à infidelidade! Isso é de nascença. Mas, agora, há uma nova escala de gravidade para os delitos conjugais. Estabeleceu-se a mãe de todos os precedentes!

O novo padrão exigirá novas atitudes femininas. Ao perceber a chegada do homem atrasado ou bêbado, por exemplo, não será mais do que obrigação da boa companheira ficar quietinha na cama, fingindo sono, e deixá-lo descansar em paz. Aliás, correto mesmo seria oferecer-lhe um café ou uísque. É o mínimo que podemos esperar. O quê? Suzana recebeu seu adúltero com um churrasco!

É claro que uma transformação social dessa magnitude não acontece da noite para o dia. Temos de entender se, a princípio, continuarmos sendo espinafrados por ofensas leves. Nesses casos, mantenha a calma e diga, em tom condescendente: "Você está agindo como se tivesse me flagrado num motel com uma prostituta". Em alguns anos, você poderá dizer: "Poxa amor, seja mais suzana", pois o Aurélio há de reconhecer que, de tão inusitada, a atitude merece novo adjetivo.

Então, companheiro, ligue para os amigos e marque uma boa fara. Chute o pau da barraca mesmo. Desligue o celular, deixe o relógio de lado e vá se divertir, vá tomar todas. Quando finalmente encontrá-la, confira se não há uma mudança na atitude de sua digníssima. E depois me conte, porque eu não sou louco de tentar isso alguma vez na vida. :)

PS1: Eu não sou machista, foi só porque eu com todo meu ócio estava vendo o programa da Sônia Abrão (sic) e estavam falando sobre isso e me inspirei.

PS 2: Desculpem a demora, mas nesse tempo muita coisa aconteceu, boas e ruins, as ruins eu não vou falar, a boa foi que eu fui pra casa do Fael e ele veio pr aminha casa. Foi a melhor parte do ano até agora, conhecer um cara tão foda assim :)

VIP :)

terça-feira, 17 de julho de 2007

Mini -Férias

queria postar algo legal hoje, mas meu dia foi muito corrido e agora to atrasado, vou viajar até dia 23, então quando eu voltar eu posto algo praqueles que ainda lêem esse blog. Boa viagem pra mim :)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Mentindo de pé junto

"Juntos até que a morte nos separe". Que lindo, que romântico! Falando sério: como alguém pode dizer isso sem cair na gargalhada? Tá, as cidades andam violentas, e não sabemos se vamos ser atingidos por uma granada quando atravessarmos a rua , mas, tirando a possibilidade de um desastre amanhã pela manhã, hipotecar o futuro é algo complicado, né não?

Juras de amor eterno são iguais a tatuagem: assumimos como verdade eterna nossa vontade presente e ignoramos completamente as mudanças que, por certo, virão (e, provavelmente, mudarão drásticamente nossas certezas). Pode ser muito legal, hoje, tatuar o "Bob Esponja" na bunda ou olhar nos olhos da Ziguifrida e declarar em tom solene que a ama mais-que-tudo-pra-todo-o-sempre-amém. Mas, amanhã, o "Bob Esponja" pode virar coisa de boiola (se já não for) e os hábitos sexuais bizarros da Ziguifrida se mostrar incompatíveis com sua criação de bom menino. E aquele belo e sonoro "pra sempre" vai, de repente, se tornar uma tremenda lorota (ainda bem que resta a opção de apagar a tattoo e pedir o divórcio).

Vivo falando nunca mais - o que é tão pretensamente eterno quanto pra sempre - e por isos não sou das pessoas mais indicadas pra dissertar sobre o assunto. Bom, pelo menos tenho semancol suficiente pra sacar que essa atitude sabe-tudo é ligeiramente estúpida... Pior que eu são os santos seguidores da fé cristã que ainda não perceberam que esse juramento pode parecer muito bonito, mas é um sádico que mata bem devagarinho. E, em vez de causar a dita obediência à "vontade de Deus", só causa uma sensação péssima de fracasso emocional cada vez que uma relação dá errado (de acordo com o preceito religioso de dar certo: durar até o funeral, não importando quão atribulado ou infeliz seja o percurso do altar até a coroa de flores).

Antes de me chamarem de qualquer coisa, já vou dizendo que acredito no amor, tenho fé que duas pessoas, independente do sexo dos envolvidos, possam viver felizes e trocando apelidinhos por um bom tempo. O que não ouso ditar é o que significa esse "um bom tempo"; sei lá se serão meses, anos ou dias. Aliás, o sucesso de uma relação não deveria ser medido pelo calendário. Ninguém mede, por exemplo, o sucesso de uma receita pelo tempo que demorou pra ficar pronta, e sim pelo prazer de comê-la. Com um casamento/namoro/enrosco deveria ser a mesma coisa. Tirando o fato de que comemos ou somos comidos (esse somos foi só pra generalizar, por favor não entendam mal :x) sem pesar ingrediente nenhum.

Esse não é um discurso anti-espontaneidade: se você está a fim de falar que nada pode ofuscar a paixão eterna e bela como o pôr-do-sol na Baía de Guanabara que você tem por ela, vai lá. Todos precisamos de momentos assim para relembrar. Seria chato demais se fôssemos sensatos sempre.

Eu mesmo já jurei coisas que, depois, admiti serem uma tremenda furada. Faz parte. Só não sou pretensioso a ponto de definir meu futuro a partir do que quero hoje pr amim. Sigo acreditando em algo bem simples, que coloco em prática todos os dias: não juro. Simplesmente vou vivendo, sendo feliz ou não e vendo no que dá. É muito mais honesto. E, na verdade, é tudo o que eu posso fazer.

PS.: parei de postar um pouco por motivos de saúde, tava fodaaaa.

VIP :)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Você é apenas um menino


Você é um menino. Treze, catorze anos. Inseguro, tímido. Começa a se interessar pelas mulheres. E não vai demorar para perceber que mulheres e problemas aparecem juntos em sua vida. Você não sabe lidar com o mundo novo no qual está entrando. Sua voz está mudando. Os pêlos estão aparecendo. O futebol já não é seu único interesse. Aparecem os primeiros bailes. Você não sabe direito que roupas escolher. As sugestões de sua mãe lhe parecem horríveis. Mãe nunca acerta na roupa do filho, uma lei tão velha e tão eterna quanto as estrelas no céu e as ondas no mar. Ser criança era muito mais fácil.

E então você olha para os garotos um pouco mais velhos. Eles estão nas classes um ou dois ou três anos mais adiantadas que a sua. Seu olhar mistura admiração e inveja. Eles parecem tão seguros. Tão confiantes. Alguns ameaçam um bigode, uma barba. A voz jha está definida. E as meninas da sua classe estão apaixonadas por eles, não por você. Eles são mais altos que você. Eles são melhores que você. Já devem até ter dormido com alguma menina. E você jamais viu uma mulher nua que não fosse sua mãe ou não estivessse numa revista. Eles se libertaram daqueles programas sem graça com a família. Mas seu dia chegará. Os dias hão de passar. Você vai crescer e seus problemas desaparecerão. Você será um homem firme, forte, como os caras mais velhos.

E eis que você é como eles. Os caras maiores que você via de longe. Você imaginava que sua vida seria outra. Mas não foi bem assim. Você cresceu, sua voz engrossou. Você até viaja sozinho, sem os pais, com os amigos. A virgindade ficou pra trás, mas você já percebeu que o sexo não é o fenômeno extraterrestre que você pensava ser antes de experimentá-lo. É bom, às vezes muito bom, algumas vezes ótimo. Mas não é coisa de outro mundo. A terra não treme sempre ao se fazer sexo, ao contrário do que você sonhava. Você já é um homem. Ou quase um homem. E pensava que a segurança máscula viesse com o tempo, com a mesma naturalidade com que a terra se molha quando vem a chuva. Mas não.

E então você olha para os homens feitos. Formados, empregados. Alguns casados. eles, sim, são os típícos homens. Basta olhar para o andar seguro, o olhar firme. Eles não têm dúvidas, não têm medos como você. Os mais ricos têm carros chiques. Pagam com cartões de crédito, e não com o dinheiro pedido a seu pai, como você. Uns vestem gravatas que devem valer duas mesadas suas. Alguns têm um cartão em que estão escritos os nomes e o cargo. Nada parece ser capaz de abalá-los. Eles não sentem vontade, nas noites escuras, de pedir um refúgio na cama de seus pais. Você sente, às vezes. Seja honesto: você fez isso outro dia.

Seu dia chegará. E chegou. Você se formou. Arrumou um emprego promissor. Tem um cartão profissional. O carro podia ser melhor, mas é bom. Tem ar-condicionado e som. O namoro é firme. Deve terminar em casamento. Seu armário tem até um blazer Armani que você comprou num momento de entusiasmo e desvario. Mil reais. Você parece o cara mais seguro do mundo, como todos os seus colegas e amigos. Mas só parece. Lá dentro continua uma criança, como todos os seus colegas e amigos. Todos disfarçam bem. Todos aprenderam que ser homem é ser forte. Você queria gritar socorro, mas não convém demonstrar fraqueza. Você queria se abrigar no colo de seu pai, mas ele já não está lá. E então você ri, porque a vida é mesmo engraçada, repleta de crianças fingindo-se de homens até o último dos dias.
PS: Em duas semanas estarei indo pra Judge of Outside na casa do oOmpa very nice gay, ops guy :)))) vai ser foda
VIP :)

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A mulher infiel


Talvez nada nos apavore tanto quanto a idéia de que estamos sendo traídos. É engraçado. Sentimos um medo pânico dessa hipótese. E no entanto, nós mesmos, homens, tratamos de dar uma dimensão patética a isso ao usar desenfreadamente palavras como corno e chifrudo. O homem gosta de trabalhar contra ele mesmo. Poucos insultos têm, para nós, o poder destruidor de corno ou chifrudo. Quando estamos com raiva de alguém, mas com muita raiva mesmo, gritamos, nem que seja mentalmente, que se trata de um corno. Corno manso, então, alcança uma escala ainda maior, eu diria mesmo inatingível pela concorrência, na lista das ofensas.


Você. Você mesmo. Alguém o irritou? Claro: o cara é um chifrudo. Você gosta até de, com as mãos, armar chifres imaginários nas piadas com os amigos. Mas espere um pouco: eu também faço isso. (Que papel ridículo e hipócrita o meu de dar sermão sobre um vício que pratico) Todos nós, na verdade, fazemos o mesmo. Ou quase todos nós, salvo os santos e os iogues. Xingamos, desabafamos e nos divertimos com os cornudos e os chifrudos que nos rodeiam.


Tudo bem. Quer dizer, tudo bem até que você descubra que foi traído. Que todas aquelas piadas parecem ter sido feitas pra você. Não basta a realidade de um outro homem invadindo a nossa namorada ou a nossa mulher. Logo acrescentamos as imagens produzidas por nossa mente, destrutivamente criativas nessas horas. Todos os detalhes aparecem diante de nós: as carícias, as preliminares. É virtualmente impossível deixar de pensar no ato de baixar a calcinha. Ou pior, ser baixada. E depois, bem, o que vem depois é como um roteiro de filme erótico: gemidos, palavras obscenas, êxtases insuportáveis. É também difícil deixar de ver o cara com um cigarro, encerrada a maratona sexual que nossa mente criou tão vivamente, com o triunfal sorriso de escárnio dos soldados conquistadores depois de vencida a batalha definitiva. É o inferno na versão masculina.


Não é de espantar a desesperada agonia que costuma nos tomar de assalto quando sabemos que fomos traídos. Uns homens matam, outros morrem, alguns matam e morrem. Surge imediatamente aquela indagação perplexa e infantil, em geral acompanhada de um chute na parede: justo eu? Eis o paradoxo: achamos incrível, inaceitável algo que é tão comum, tão velho quanto comer bananas. No instante em que eu escrevo esta frase, inúmeros homens estão sendo traídos. Por que só você e eu, entre todos os homens, haveríamos de estar livres do risco de sermos enganados?


A maior das ilusões é achar que o que acontece aos outros não pode acontecer a nós. Isso vale para tudo: doenças, perdas, demissão, ciúmes. Quando entendemos que todos têm seus problemas, que não somos apenas nós que carregamos um peso considerável, as adversidades perdem pelo menos parte de seu impacto. Então recorro a uma frase pronta: o que distingue as pessoas é a maneira como elas lidam com os problemas. Os mais fracos sucumbem até diante de uma brisa (me incluo nessa). Os mais fortes aceitam a vida como ela é, com suas inevitáveis asperezas. E resistem a tempestades. Ser traído não torna melhor ou pior ninguém, não engrandece nem diminui ninguém. É um fato tão comumu quanto tudo que existe sob o sol. Ao transformá-lo em algo extraordinário, damos-lhe um peso cruelmente equivocado e sofremos muito além do razoável.


VIP :)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Pra não perder o costume

Bem, quem me conhece, tá familiarizado com meus chorinhos, e olha só, eu ainda não fiz nenhum nesse blog né? Então tá na hora de me abrir (sem pensar bobeira por favor) um pouco aqui e desabafar meus problemas, porque aqui é um ótimo lugar pra isso.

Eu fico lendo sobre todas as vezes que escrevi sobre meus problemas, e 90% das vezes é sempre a mesma coisa, carência. Falta de algu´m que realmente queira te escutar, falta de ouvir uma palavra boa, um scrap legal, um telefonema, essas coisas aumentam a auto-estima das pessoas, e a minha tá lá embaixo, sabe aquela sensação de dever cumprido? De que você é importante pra alguém no mundo? É mais ou menos isso. Ser reconhecido de alguma maneira boa de vez em quando, e ouvir ou saber que você tem pessoas que gostam, a necessidade de saber disso é quase palpável, é quase algo concreto. E faz falta pra cara****.

Talvez apareça um ou dois falando que eu choro de barriga cheia, e blá blá blá, mas é preciso de vez em quando, sei lá com que freqüência, eu ficar sabendo disso e eu tertotal certeza absoluta disso, porque de vez em quando a gente pensa que é esquecido. Carinho nunca é demais, em qualquer tipo de relação.

É talvez eu esteja chorando de barriga cheia mesmo, será?

:)

Só pra falar que eu não estou nos meus melhores dias, pra quem se interessar em saber claro.

\o

terça-feira, 26 de junho de 2007

Enxurrada de lágrimas


Antes de entrar no assunto, vamos estipular algumas regras. Primeira: mulher chora mais que nós, homens, e isso não tem relevância aqui. Azar o nosso. Segundo: não importa se esse chororô é justificado. Para efeito da análise que vou sugerir, é importante saber a causa do choro, mas não se essa causa é suficiente e válida para prantear. Faz de conta que é, e acabou. Terceira regra, imposta por mim porque o texto é meu: as mulheres que choram com mais freqüência são seres humanos melhores. Chorar lava a alma e tira as tensões do pescoço. Quando uma mulher estiver chata que só, recomendo: leve a moça para assistir Pontes de Madison, e você vai ver que seda ela vai sair.


Feitos esses destaques, vamos ao ponto: como reagir diante de uma mulher chorando? Bom, depende. Depende se ela vai chorar com você, longe de você, com outra pessoa ou sozinha no canto dela.


Uma mulher chorando com você - só você, ela e, vá lá, um garçom - é uma dádiva. Se ela está ali na sua frente, o motivo da tristeza mais cedo ou mais tarde vai ser contado. Portanto, não existe o desespero do "Que foi, me conta?". Você vai ficar sabendo da causa do choro e aí (sem julgamentos, lembra?) pode passar pro melhor da história: aproveitar. Tire as más intenções do caminho; me refiro à beleza da coisa toda. Repare na boquinha de uma mulher chorando, que coisa linda. Os lábios se curvam para baixo, evoluem pra um bico. O queixo enruga, o nariz fica vermelho. É um choro íntimo, esse. Você e ela se conhecem bem, e você tem a obrigação de oferecer o ombro. Ela, aninhada, vai te abraçar forte, vai resistir por um segundo pra daí debulhar-se de vez. Muito gostoso e recompensador. Depois de conhecer uma mulher nesse estado, olho inchado, nariz escorrendo, você finalmente pode se considerar cúmplice dela, dois parceiros, um par.


Agora, tem o choro do qual você é testemunha ocular, mas não participa. Você é um eventual espectador. Acontece no trânsito com a menina do carro ao lado, no bar com o casal da frente. Esse é ruim. Você não sabe o motivo e torce pra não ser nada. E, pior de tudo, não pode ir lá ajudá-la a subir do buraco. É ruim, aflitivo, e a solução é uma só: saia de perto. Ela quer sossego, eles se entendem. Respeite, paciência.


Tem o choro a distância, pelo telefone. Você está no trabalho e ela liga. É espetacular. Indica intimidade, você vai saber o porquê da melancolia e conseguir consolá-la um pouco. E ela quer isso mesmo, por essa razão ligou. Então, dê o carinho que ela quer. Esse choro é ótimo; coloca sua vida numa perspectiva maior. Qual é a verdadeira importância daquele trabalho diante do choro dela?


Deixei por último o mais complicado: o choro por terceiros. Funciona assim: alguém te conta que fulana andou chorando. Pode ser uma pedrada, ou pode ser tanto faz. Depende muito da importância que a tal fulana tem na sua vida. Se é só uma conhecida, você toca a bola pra frente. Mas pode ser alguém que você preza. Nesses casos, cuidado mesmo. Porque, se você vier a descobrir o motivo, e o motivo for exatamente você, prepare-se. Chegou a sua vez de ficar agoniado. Tens pra quem ligar?


VIP :)

domingo, 24 de junho de 2007

Recomeço




"A perfect sphere

colliding with our fate.

This story ends where it began"



Octavarium - Dream Theater





Não sei se o post de hoje vai ser grande como os outros, mais suscinto talvez, direto ao ponto. Existem pessoas e PESSOAS em nossas vidas. Pessoas que passam e as que ficam, o que na minha vida são bem poucas. Essas que ficam são especiais, cada uma a sua maneira, essa em especial, pelas brigas, pelas análises, conversas malucas, pelo silêncio e principalmente pela compreensão. Só nós dois saberemos por todos os altos e baixos pelos quais passamos até hoje, todas as implicâncias bestas pra chamar a atenção, e por incrível que pareça isso vai fazer falta.




Só queria agradecer hoje pelos papos, conversas, telefonemas, choros, idéia, discussões, brigas, porque cada uma dessas coisas construiu uma história de amizade bem bacana, deixou isso firme. Algo como um não precisar terminar a frase pro outro saber do que se trata, algo como mesmo não conversando você ter certeza que o outro está ali do lado, enfim, quando alguém é especial esse alguém vai ser lembrado pelo resto da vida, aonde quer que eu esteja, sempre vou ter histórias pra contar.




Boa sorte na nova fase da sua vida, como disse meu chará Marcel Proust: "Se você quer enxergar a vida de uma outra maneira, o que você realmente precisa são de novos olhos", então nessa fase nova, que você tneha novos olhos, mas guarde na mente que você tem um amigo aqui, mesmo não achando isso (momento chorinho que não pode faltar).




Gosto muito de você Tatyzinha :***




:)

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Língua


Pois bem, voltei da viagem, cá estou eu, senti falta de algumas pessoas,valeu muito quem me mando msg no meu celll :* vi que realmente eu faço falta pra alguns :~, senti falta de escrever, acho que estou me acostumando. Bem hoje estou sem idéias, então vou falar sobre a língua oO


"Língua" e "lascívia" são palavras parecidas e intrinsecamente dependentes. Porque, descontadas as papilas gustativas e o movimento propulsor de nossa língua em direção à digestão, nos restam as tentavas de desgrudar o caramelo da gengiva, a passadinha pretensamente discreta sobre os dentes depois da refeição e um ou outro desaforo infantil em que a língua é o silencioso e inquestionável instrumento do insulto. Resta a fala que dela se desenrola, claro, e resta o beijo.


Não haveria o beijo se não fosse a língua. Ou melhor, não haveria lascívia se não fosse a língua, assim como todo encontro de duas bocas não seria mais que fraternal sem a lascívia impulsionando nossa língua para fora (e para dentro de um outro ambiente). Eureca! Língua e lascívia são o carro-chefe da engrenagem da paixão.


Porque, quando se apaixonam, tudo o que desejam os mantes é estar dentro do outro. Não me refiro a encaixes anatômicos responsáveis pela perpetuação de nossa espécie, não. É estar "dentro" em tudo quanto for possível para nutrir o sentimento de que não há mais desamparo: no pensamento do outro, em seu sonho, seu desejo e sua lembrança. E, se possível, em sua esperança. Sentir paixão é estar acometido pela necessidade mútua de invasão.


E o beijo de língua é sua maior expressão. É a metáfora do falo e do púbis se encontrando, o gesto invasivo e devorador da união entre dois corpos. O beijo de língua é insano, sedento, gosmento. Propõe a troca de móléculas, a promiscuidade celular, é o fabuloso estopim do desatino.


À medida que o contato entre o casal ultrapassa o escrutínio rumo à heróica realidade, o corpo mucoso e enfastiado se esvai num déjà vu desolador. Abandona a dança histérica das papilas gustativas degustando uma outra língua, e o órgão em riste, antes tão devassador, se recolhe ao universo escuro e prolífero de silêncios e monótona fisiologia. Parece que adormece.


A paixão acaba quando não há mais beijo de língua, quando os ânimos se acalmam numa pálida conquista e este beijo tão lascivo se torna um luxo reservado para as noites de luxúria. O fim (ou o rarear) do beijo melecado pode ser o tão temido fim de um grande amor, ou, talvez, o seu começo. Quem sabe a parcimônia de saliva seja a transição do desespero à real intimidade, o primeiro passo do vício compulsivo e inseguro em direção à intangível cumplicidade.


A paixão acaba, sempre. Talvez dela nasça o amor. Talvez não. O que vale é a tentativa. Que da boca melecada surja um(a) grande companheiro(a), é o que todos mais esperam. E que do beijo sobreviva algo maior que as secreções, também. Paulo Mendes Campos, em sue livro O Amor Acaba, escreveu: "...O amor acaba no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado". Então, depois que já se foram as línguas se enroscando, que fiquem ao menos as mãos unidas no escuro fértil do cinema.


VIP :)

terça-feira, 19 de junho de 2007

O caminho


Não há, na vida de um homem, mais que dois ou três caminhos mágicos. São aqueles que levam a lugares e pessoas especiais, e que se colam como um doce e caloroso adesivo à nossa memória até o fim dos dias. Conhecemos cada pedaço daquele caminho como se fosse um pedaço de nós mesmos e de alguém ou de alguma coisa que amamos. Uma árvore da qual jorra uma sombra generosa em dias tórridos. A fachada de uma casa que nos impressiona pela melancolia conquistada ou pelo esplendor perdido. A subida que nos faz arfar. O cruzamento diante do qual é prudente parar e olhar para os dois lados cuidadosamente. A pintura rude na rua, em geral com um tijolo, na qual as crianças fixam um campinho de futebol que para elas tem a dimensão de um estádio profissional. O velho triste que costuma flanar por ali como que em busca de algo que ficou para trás. O vira-lata branco que gosta de rosnar e assustar os passantes.


cada trecho do caminha está gravado em nós, e é curioso como às vezes podemos lembrá-los em detalhes tanto tempo depois de termos nudado de rota. Uma época que morreu renasce pelos passos imaginários de um caminho que um dia foi de verdade.


As lembranças algumas v ezes nos enternecem. Outras vezes nos arrasam. E há também ocasiôes em que elas nos despertam um sorriso interior há muito esquecido. De certa forma, elas cumprem o papel de nos lembrar que não desperdiçamos por inteiro a vida. Elas podem também nos fazer recuperar algo que nem sabemos que um dia tivemos.


Um professorzinho de inglês barato a quem o correr dos longos dias fez cínico e descrente, por exemplo. Ele pode lembrar que um dia acreditou nas coisas ao trazer à memória o caminho por onde seu pai, num fusca bege, o levava à escola. Enquanto o carro se movia, ele ao lado do pai sonhava sonhos que se desfariam. mas que importância a realização ou não de um sonho tem para um menino capaz de arregalar os olhos e ver coisas tão lindas pela frente? O professorzinho de inglês barato talvez tenha esquecido que um dia acreditou, e a simples recordação de que nem sempre foi descrente pode aquecê-lo por dentro e lhe devolver alento e, por que não, uma dose de fé ingênua que quem sabe o ajude a atravessar os invernos.


Um mestre zen diz que cada um de nós devia ter por perto uma foto nossa de meninos. E olhar para ela para aprendermos com o garoto que fomos coisas que possam melhorar, suavizar, humanizar o adulto que somos. E então me ocorre o pensamento tolo de que gostaria de transformar numa fotografia o caminho que levava à casa da menina de olhos verdes e pendurá-la, enorme e gloriosa, no céu. A foto comportaria todos os passos que iam dar naquela casa de portão verde de madeira descascada, aquele mesmo portão que um dia o menino apaixonado transpôs para ganhar a rua e não mais voltar, aquele mesmo portão que, aberto, representou a entrada na terra encantada do primeiro amor e ao se fechar, assinalou a chegada do homem que se transformou num professorzinho de inglês barato.


Bem, vou viajar hoje, e aos poucos ou quase nenhum que lêem aqui, volto em breve, se nada de ruim me acontecer no meio do caminho.


VIP :)

domingo, 17 de junho de 2007

O grupo


Sujeito não tem mais tempo pra f azer amizades. É trabalho, é trânsito, é internet, é a TV a cabo com sexytimes, Libertadores da América, shows. Ninguém precisa de companhia quando na TV está Phil Collins reunido com Genesis novamente. Tudo bem, mas vai que o memso sujeito resolve sair, espairecer e vai a um boteco? Arruma amigo? Nem ali. Não se faz amizade na balada. Inimigos, sim. A natureza ensina: a noite é da caça, da sobrevivência. E atrás de qualquer bolso feminino rebolante tem sempre uns três gaviões urubuzando, e dois deles serão eliminados, reality show da madrugada. Mas a questão é maior que a própria mulher: precisamos deles, os "bróders". Alguém pra dizer "te considero (burp)" antes d epedir a saideira. Isso em mente, formulei como seria a composição ideal de um grupo heterôgeneo de pessoas, facilitando a busca para o órfão de camaradagem e otimizando o tempo do solitário.


Comece pelo gordo. Toda turma tem q ter o gordo. Não gordo falso, formado pela preguiça e pela cevada. Gordo, gordo mesmo. De nascença, de rego aparecendo.


Escolha o que jogar futebol. É mais fácil parir um triângulo que roubar a bola do gordo bom de bola. Gordo está sempre de bom humor, é gregário, aglutinador. O resto dos amigos se aproxima naturalmente.


Depois do gordo, o músico. Violão serve, desde que não venha Stairway to Heaven. Eles são tranqüilos, os músicos. Te deixam quieto no canto quando estão tocando e atraem m ulheres. Basta ficar por perto, de olho atento para detectar possobilidades, e ir pro abalroamento. Porém cuide para que esse amigo não seja muito bonito, senão complica pro seu lado. E fiscalize o repertório dele. Renato Russo em doses homeopáticas, Raul nunca.


Que mais? Médico e advogado. Toda turma que se preze tem que ter médioc e advogado. Esses caras fizeram faculdade de verdade, estudaram e sofreram. E arranjaram lá dentro muitos colegas, logo você aumenta seu círculo de amigos em potencial. Sem contar que mais cedo ou mais tarde serão úteis; a vida é cheia de topadas, encontrões e processos. Arranje pelo menos um de cada. Na falta, tente fazer rolo com algum músico que você tenha sobrando. Dois pianistas valem o mesmo que um advogado tributarista; por três clarinetistas e meio se consegue fácil um otorrino por aí. E assim vai. O ideal é que um deles more fora do Brasil. Assim, uma visita eventual vira excelente motivo pra reagrupar a moçada.


Desocupados são importantes. São os que ligam às 3 da tarde do parque, que inveja. Estão sempre dispostos a uma escapada, uma batida de caju no meio do dia, Porém há que ser desocupado profissional - herdeiro endinheirado ou alguém que aproveitou o boom da internet. Senão aflige. Amigo que é amigo fica agoniado ao ver o outro passando necessidade. Ver companheiro em dificuldade e não ajudar dá passagem imediata pro inferno, Dark Master sempre espera por isso.


Finalmente, o mais difícil. Um muçulmano lotado de dólares e carros, e com um harém dos bons, variado e com certificado ISO 9002. Mas não pode ser muçulmano roxo, fanático, xiita. Senão qualquer feriado de Nossa Senhora Aparecida vira debate. Porém atenção: tendo esse amigo muçulmano, esqueça os americanos. Dois amigos que se estranham é fatal: azeda a turma inteira. No popular: gangorra. Um senta, o outro levanta. Chato pacas.


Enfim, eu tenho meus amigos e não troco eles por nada, meus poucos amigos que sabem quem são, mas se você não tem nenhum, siga esse manual prático, beijos aos meus velhos amigos e amigas e bem vindo ao meu círculo de amizade meu novo amigo, :*


VIP :)

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Repentance


Depois de alguns posts meio descontraídos, eu vou tentar fazer algo um pouco mais sério aqui, porque eu sei ser sério, e muito, na maioria das vezes, enfim...


Quem me conhece pelo menos um pouco, por menor que seja nosso grau de relacionamento, sabe do meu "vício" pela maior e melhor banda do planeta, tá, não me crucifiquem, é só questão de gosto e opinião, Dream Theater. Dizem que é besteira seguirmos uma banda, ou que tal banda pode mudar o pensamento das pessoas, mas por várias v ezes, por mais piegas que pareça falando isso, a música dessa banda já me influenciou várias vezes, principalmente as letras.


Hoje em especial vou falar sobre a chamada "Saga da Cachaça", para os leigos tentarei explicar rapidamente do que se trata: o baterista da banda, Mike Portnoy (MP), há alguns anos atrás, se enveredou para o mundo do álcool, sim meus caros, uma história normal para qualquer banda que se preze. Mas para nossa alegria ele resolveu se recuperar, entrou para os Alcóolicos Anônimos (AA). E em 2002 com o lançamento do CD Six Degrees Of Inner Turbulence, MP resolveu nos presentar com a chamada Saga da Cachaça, a partir de então ele começou a lançar uma música em cada CD contando sobre os 12 passos do AA.


Vamos fazer um adendo aqui para uma breve explicação sobre os passos. A partir do momento que uma pesosa entra e aceita se recuperar, ele tem que seguir os 12 passos, e el eé considerado um "doente" a partir de então. No CD Six Degrees Of Inner Turbulence, ele começou a saga com a música The Glass Prison, que nos introduz os passos 1, 2 e 3 que são:


1. Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas. 2. Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade. 3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.


Em seguida no CD Train Of Thought, temos os passos 4 e 5 na música This Dying Soul:


4. Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos. 5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.


Mais um álbum, Octavarium, e mais uma música para a continuação, abrangendo agora os passos 6 e 7, A música é The Root Of All Evil:


6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter. 7. Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.


Agora chegamos ao ponto do meu post, depois de toda essa enrolação cheguei onde eu queria. No novo Cd temos os passos 8 e 9 com a música Repentance, e esses passos se resumem ao arrependimento e pedidos de desculpas:


8.Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados. 9.Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.


Baseando-se nisso, MP fez da segunda parte da música um grande confessionário, chamando vários de seus amigos para gravarem um pedido de desculpa, e o resultado, ficou SENSACIONAL HIHIHIHI (essa é pro Fael). Não gostei de início, mas depois de toda a história envolvida, tudo passa a se encaixar perfeitamente, sem trocadilhos maldosos por favor. Tá, finalizando, porque já me estendi demais, vou colocar aqui um pedacinho do refrão, e logo após um pedido de desculpas que eu acho necessário ser feito.


"Às vezes você tem que estar errado,

Aprender da maneira mais difícil.

E às vezes você tem que ser forte,

Quando você pensa que é tarde demais"


Hoje venho aqui pedir desculpas, desculpas necessárias, apesar de que várias pessoas que merecem ler isso não vão ler. Primeiro aos meus pais, por eu nunca ter dito a nenhum que os amo, mas mesmo amando mais que tudo nessa vida, pois todo o suporte, educação, base e tudo mais que eu parendi na vida veio deles, então pai e mão EU AMO VOCÊS, e me desculpa por ser frio, não conversar, às vezes tratar mal. Desculpa para minha família, principalmente minha avó, que chorou quando eu fui embora de lá e eu nem dei um abraço nela, isso me mata até hoje. Aos meus amigos por me aguentarem, por não ligarem com meu mau-humor diário, minhas crises, meus problemas, e infelizmente são bem poucos os que estão comigo de verdade, então a esses me desculpem de verdade. Me desculpe caixa do supermercado, que me voltou o troco errado semana passada e eu não devolvi, a tia que me pediu esmola e eu não dei. Desculpe a todas as pessoas que sofreram com minha arrogância, minha pseudo inteligência superior, no fundo eu sou um bosta, nada nem ninguém, um inseguro, enfim...


Me desculpem todos que mereçam um pedido de desculpas. E por favor quem se habilitar nos comentários podem pedir desculpas para alguém se assim quiserem.


Obrigado pra quem leu até aqui, e voltaremos com a nossa programação normal amanhã.


quinta-feira, 14 de junho de 2007

Deu química!!!


Nunca acreditei em destino quando o assunto é relacionamento. Nunca imaginei que pudesse haver aquele amor que teria mesmo que acontecer, como se uma pessoa nascesse predestinada a encontrar o seu par perfeito. Ao contrário, Acho que o homem pode muito bem encontrar uma mulher seja aqui, seja na Itália, na China, e por que não na Corélia (isso mesmo. Não sabe onde fica? Vai ver no mapa porque aqui o assunto é outro!), e se apaixonar e se casar e ter filhos.


As pessoas se unem por várias formas, algumas delas artificiais, como por dinheiro, por pertencerem à mesma casta social, porque assim os pais querem, ou mesmo em troca de um dote de camelos ou de vacas. isso acontece. mas o homem, não no sentido do ser humano, mas nós, do sexo masculino, muito mais nos atraímos olhando a fêmea, a que chamamos mulher, indo e vindo, e tudo por causa de uma atração física inexplicável, natural, e que alguns dizem ser por força do hormônio feromônio, presente em ambos os sexos. E esse tal de feromônio é a causa e a explicação de muitas coisas.


Sabe aquele amigo seu que não resistiu e comeu a namorada do primo no banheiro do bar? Culpa do feromônio. Ele é implacável! Lembra aquela trepada que você deu mesmo sem ter a camisinha? Culpa dele, admitamos. E aquela sua prima que na piscina, sem mais nem menos, só de passar de biquíni ao seu lado, acabou com a festa de bodas de diamante da sua tia-avó só porque você não resistiu e tentou esconder o óbvio com um guardanapo transparente? E de sunga branca ainda? Culpa dele de novo. Ele não perdoa, meu caro!


Esse hormônio insensível, e que não se sabe como sai por aí nos metendo em confusão, precisa ser engarrafado e vendido. Acho que vou patentear a idéia. mas por culpa desse nobre amigo coisas inexplicáveis também acontecem. Sabe aquela gorda baleia, saco de areia, que você carimbou na semana passada? Não foi o álcool nem nada. Ela certamente despertou em você alguma forma de desejo, de atração, de vontade de ficar com ela numa terça-feira de sol vendo sessão da tarde, tanto que seu amigo careca lçá de baixo subiu e você fez o serviço. Não adianta jgar a culpa no chope a mais, na dose a mais de uísque. Nada. Foi ele. Aconteceu também com aquela que não tinha um dedão do pé e ainda por cima tinha barba e que você traçou no fim da festa mexicana...


E, analisando tudo isso - e tenho certeza que todos vocês têm histórias semelhantes e não adianta negar! -, chego à conclusão de que há dois tipos de feromônio. Os que te ferram e os que te ajudam. E tudo acontece depois daquela famosa frase que poderia estar num quadro e que revela que realmente não há destino: "Deu química!". E se essa química durar o resto de sua vida, reze todos os dias porque o feromônio era do bem! Mas, se depois de os anos terem se passado, você olhar para o lado e disser para você mesmo, lá no seu íntimo: "O que é que eu fui fazer? Quem é essa baranga?", meu amigo, melhor procurar um advogado e sair ao encontro de outra pessoa que lhe faça liberar os feromônios que existem dentro de você. E boa sorte porque aí é loteria!


Post Scriptum 1: Bjo pro Fael mesmo que ele só converse direito comigo quando o MSN dele tá vazio aHUHuahuAHUahu e não adiantaaaaaaaaaaaaaa negar :x


Post Scriptum 2: Escutem Muse, é uma banda foda.


VIP :)

terça-feira, 12 de junho de 2007

Maktub-se


Os problemas são a mais democrática das instituições. Não poupam ninguém: pobre ou rico, anônimo ou celebridade. Quando você pensa que está indo tudo às mil maravilhas, tcharã... surge um problema! Enfrentá=los é uma arte. Tem gente que prefere sentar e chorar à mera aparição de um deles, sentindo-se a pessoa mais azarada do mundo. Outros simplesmente fingem que nada está acontecnedo.

Por mais amalucado que pareça, há várias técnicas para fugir dos problemas. Uma delas é a de jogar para Deus: você perdeu o emprego, está devendo uma grana no banco, sua namorada tá dando mole praquele amigo bem-sucedido, seu cachorro adoeceu, sua unha encravou e está doendo pacas. Aí você diz para si mesmo: "Quer saber? Vou jogar para Deus!" Não adianta nada, mas dá uma paz...

Uma maneira ótima de evitar resolver questões importantesé passar a aplicar os desígnios do destino aos acontecimentos do dia-a-dia. Por exemplo: você perdeu aquele concurso parao qual estudou meses a fio, deixando de dormir noites seguidas e que leh rendeu uma gastrite de tanto nervoso. "Ah, era o destino!" você pensa. E deixa pra lá.

O bom de praticar o maktub ("assim estava escrito" em árabe) como um mantra é que você deixa de ter decepções. Por que arrancar os cabelos se estava escrito antes de eu nascer que ia ser assim? O maktub é uma maravilha que pode ser usada do mais reles chulé à morte de um ente querido.

Veja: você chegou a uma lanchonete seco para tomar uma Coca, mas só tinha Fanta. Em vez de se aborrecer perguntando no boteo ao lado, você aceita: tudo bem, é o destino! Deu uma mancada daquelas e perdeu a mulher da sua vida? Maktub, ué. Nem pense que teve participação naquilo. Era o d-e-s-t-i-n-o.

É muito reconfortante pensar que fios invisíveis nos conduzem até os problemas (e até a solução deles) sem que nada do que façamos interfira. Lá em cima, as mãos do grande manipulador de marionetes é que estão guiando tudo... Responsabilidade zero pra nós.

Outra estratégia de fugas é criar frases engraçadinhas, mostrando ser superior às adversidades. Foi demitido? Arqueie a sobrancelha e filosofe: "O único defeito do desemprego é a falta de dinheiro". Uau! Está na pindaíba porque gastou mais do que ganha? Diga: "Resolvi meus problemas com o banco. Cada vez que meu extrato aparece na tela eu simplesemten viro o resto". Gênio.

Há mais truques: ligar o botão do foda-se; sentar em cima dos problemas; enfiá-los no congelador; deixar pra resolver depois das férias; empurrar com a barriga... Qualquer dia desses alguém inventa um "personal problemator" para resolver os problemas em nosso lugar. Vai ficar rico.

Invejo quem consegue virar aveztruz diante de u m problema. Eu nem consigo dormir até que os resolva, ou tente pelo menos, tente bem pouco de vez em quando, enfim... Outro dia vi no filme O Homem do Ano a seguinte frase: "A vida é uma coisa engraçada. Ela vai sozinha, como um rio se você deixar. Você também pode botar um cabresto, fazer da vida o seu cavalo. A gente faz da vida o que quer. Cada um escolhe sua sina, cavalo ou rio."

Não dá pra ser rio diante de um problema. Pelo menos não dos que dependem de nóspara serem resolvidos. Tem coisas sobre as quais não podemos fazer a não ser torcer: um caso de doença na familia, um amigo deprimido ou a fome no mundo. Outras dependem de mexermos os pauzinhos - e não o destino. Sabe esse lance de "deixa a vida me levar"? Só funciona em letra de pagode.

VIP :)

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Meus Amigos




A boa e velha turma, eu já tive uma. Pedro, Tiago, Marco Aurélio, Augusto, Anderson, Paulo Henrique, desculpa se esqueci algum. Meus primeiros grandes chapas. Reinávamos em certas partes da minha cidade natal, Sacramento (MG), raramente ultrapássavamos seus limites. Não era preciso, Sacramento não tinha atrativos. Shoppings? Sem chance. Mas tínhamos a rua - e, principalmente, uns aos outros. Sempre nos encontrávamos na casa de al´guém, geralmente do Tiago, e tagarelávamos por horas. Jogávamos RPG e nos tornávamos guerreiros medievais, vampiros, etc, mas tudo terminava quando Dona Virgínia chamava o Tiago pra ir embora, ou quando alguma mãe mais preocupada acabasse com nossa brincadeira, nos chamando ao telefone.




A impressão, à época, era de que seguiríamos juntos pela vida inteira. Se um de nós nos ausentássemos algum dia, um vazio silencioso apoderava-se dos demais. Sentíamos quase uma necessidade visceral de estarmos juntos.




Cada um tinha uma história diferente, mas isso não importava, éramos amigos. Não queríamos saber de garotas, futebol ou nada do tipo. Queríamos estar juntos. Mas o tempo, com sua implacabilidade, foi apartando nossos caminhos. Por volta dos 15 anos alguns mudaram de escola, ou de cidade, era como se eles estivessem mudando pra outro mundo que não fosse o nosso. Mas mesmo assim, enquanto deu, me mantive fiel.




Mas meus camaradas começaram a desaparecer no horizonte. Até perdermos de vez o contato. Mais tarde tive notícias esparsas, médicos, publicitários, mimados, cada um pra um lado. A vida continuou novos amigos apareceram, mas por enquanto nenhum tão intenso como antes, com a internet, a gente começa a conhecer pessoas, conheci muitas pessoas boas, muitas ruins, e algumas poucas que ficaram, pessoal do mirc, alguns de Araxá, e apenas um da DTBR, sem citar nomes porque eles sabem quem são.




Mas mesmo assim, meus primeiros amigos, ainda amo vocês. :)