sábado, 28 de março de 2009

O nascimento do bobão


Como estou num dia raivoso voltarei com um texto "machista", apesar de eu não considerar meus textos como tais, fui rotulado assim, então, vamos lá.

Homem bonzinho é uma diabólica invenção feminina que não atende aos interesses masculinos. Significa ser um sujeito sem sal e por quem mulher alguma sente tesão. É sempre simpático, atencioso e excessivamente educado. Entende a alma feminina de uma forma especial, mais até que as próprias mulheres. Mas no fundo não passa de um cachorrinho de madame, com vantagem de falar e não fazer xixi no tapete. Uma espécie de secretário pessoal, o bonzinho não chega a ser feminino ou afeminado. Mas é o tipo de homem que uma mulher pode facilmente substituir por um objeto funcional, quem sabe uma revista ou um livro, ou mesmo um copo de coca. Sob o ponto de vista feminino, ele é o amigo perfeito para todas as ocasiões, sempre submisso e subserviente. Por isso, ela tem a tranquilidade de trocar de roupa ou dormir na mesma cama, sabendo que nada fora da rotina vai acontecer entre eles.

Todo homem corre perigo de cair nessa esparrela e, mesmo sem querer, se tornar um homem bonzinho. Quase todos percebem o problema a tempo e restabelecem a ordem entre os sexos. Um cara percebe se está nessa situação se a atração inicial por ele for substituida por uma amizade profunda e desinteressada. Enquanto ele morre de vontade de dar um amasso na moça, ouve, contrariado, detalhes da relação maravilhosa dela com outro sujeito... É foda!

Quer saber como nascem os homens bonzinhos? Historicamente, esses capachos humanos - considerados como disfunção patológica do macho - têm suas raízes na educação feminina. Se a gente deixar, a maioria das mães, cedo ou tarde, estará fazendo de seus filhos novos exemplares de homens bonzinhos. E esse trabalho será completado por uma rede de outras mulheres, como babás, professoras, tias e todas as que fazem parte desse complô que visa domar os meninos desde pequenos. Todas se realizam em gerar homenzinhos dentro de uma concepção do que elas gostariam de ver num companheiro imaginário - e que não tem nada a ver com a realidade biológica do sexo masculino.

Os pobrezinhos, se não surgir um contraponto à altura (como um homem mais velho que os oriente melhor), vão passar a infância e a adolescência aprendendo como ser gentis com as mulheres, neutros na sexualidade e desinteressados se o sexo oposto não tomar a iniciativa. Aprendem a se comportar do jeito que elas querem, "para que possam se sentir orgulhosas deles". Já ouviu essa expressão antes? Claro, pois esse é o discurso padrão de todas. Diante dessa covardia, dá vontade de chorar pensando nos garotinhos indefesos arrastados por essa terrível arapuca psicológica.

Felizmente, a maioria dos homens se recupera, uns mais cedo, outros mais tarde, dessa tentativa feminina de manipulação de atitudes. No entanto, muitos tombam por aí. Mesmo sem ter consciência do que se tornaram, eles estão irremediavelmente transformados em homens bonzinhos. E é para esses anônimos e inconscientes coitados, vítimas das circunstâncias, que dedico esse texto.

PS: e sim, eu já fui um homem bonzinho :/

quinta-feira, 26 de março de 2009

Enquanto não tenho idéias, vo colocar aqui a letra de música mais verdadeira, mais foda, que existe na face da terra. Fim de semana eu posto algo meu.

E sim, como eu queria escrever coisas fodas igual essa música.

Enjoy


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece?
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava?
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava,
Hoje são bobos ninguém quer saber.
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava,
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

domingo, 22 de março de 2009

Sofrimento e felicidade

Bem, pra pararem de me chamar de machista, vou escrever sobre algo um pouco diferente hoje, sofrimento, algo meio depressivo mas constante na vida de qualquer pessoa que respire.

Em uma conversa com meu tio, um filósofo de buteco do interior, ele me contou uma lenda budista. Era mais ou menos assim... Desesperada com a morte de seu filho, certa mãe recorreu ao Buda. Ela queria que o Buda o ressuscitasse. Ele disse que sim. Mas desde que ela obtivesse não lembro bem o que - se não me engano, grãos de mostarda - na casa de alguma família que jamais tivesse passado pela dor da morte de alguém importante. A mãe tentou, e tentou, e tentou. Não conseguiu. Em toda casa na qual batia havia histórias de morte e dor. O Buda não ressuscitou o filho perdido. mas fez a mãe enxergar a morte de outra forma. Ela não estava sozinha no sofrimento.

Voltei a encontrar essa história que me foi contada pelo meu tio num livro do Dalai Lama a tempos atrás. Confesso que ao lê-la, me senti orgulhoso do meu tio butequeiro. Ao chegar ao trecho, tive a vontade ingênua de fechar o livro e sair gritando, numa tolice triunfal: "Eu já conhecia essa história, eu já conhecia!"

Aquela maravilhosa fábula budista do sofrimento se aplica ao amor romântico. Quando alguém que amamos nos abandona, nos sentimos arrasados. nada mais tem graça. Tudo parece perder o sentido. A tristeza se amplia por uma sensação que sempre está presente nessas ocasiões: a de que só nós sofremos. Todo mundo está tão feliz, todos os casais se dão tão bem, todos os amores têm final tão feliz. E só eu aqui no chão. Só eu sofrendo. O mundo parece, nessas horas, horrorosamente injusto. E à dor concreta da perda se acrescenta a impressão abstrata e cruel de que, num mundo perfeito e feliz, fomos arbitrariamente escolhidos para experimentar o infortúnio. A vida pode ficar então, insuportável. Porque não existe nada mais dilacerante que a dor solitária.

Só que ninguém é solitário na dor. Nas palavras simples e irrefutáveis do Dalai Lama, o sofrimento é o elo que une a humanidade. Ricos ou pobres, brancos ou negros, ninguém escapa ao sofrimento. Sim, eu sei que você já sofreu por um amor, pode ter guardado pra você, sempre estar feliz perante todos, mas sozinho voc~e já sofreu, quem não sofreu por amior, não viveu ainda.

Não vou dizer que o sofrimento alheio nos alegra. (Se isso acontece, temos a prova de que somos definitivamente mesquinhos) mas, quando notamos que não estamos isolados em nossa dor, podemos vê-la sob outra perspectiva, como a mãe da fábula budista. E assim talvez tenhamos melhores condições de lidar com ela. Não há ninguém que não tenha passado por uma desilusão amorosa. Ou duas. Ou três, ou mais. Você não é o único.

Que ninguém confunda: não estou fazendo apologia do sofrimento. Estou apenas dizendo que se pode ver a dor sob diferentes aspectos. E quase sempre preferimos vê-la sob o pior. E já que comecei o texto com budismo, termino com uma frase do Dalai Lama que deveríamos deixar eternamente pendurada na parede de nossa mente: "O propósito da vida é a felicidade". Aprender a lidar com o sfrimento é o primeiro e vital passo nessa busca.

PS: esse ficou grande mas leiam e comentem.

PS2 : (não o da Sony): não, eu não sou budista e ainda falo pra todo mundo que odeio livro de auto ajuda, e é serio. :x

segunda-feira, 16 de março de 2009

Essencial

3 da manhã, o olho não fecha, todos os seus pensamentos voltados pra um único problema, aquele problema que era pequeno e agora é gigantesco, que em sua mente foi igual uma bola de neve, talvez um problema que não merecia tanto, mas como diz minha sábia avózinha: "a noite todos os problemas se multiplicam e parecem maiores."

Nessa reviravolta mental e física você precisa falar com alguém, tem que existir uma única pessoa que queira te ouvir. Aqui o mundo para e eu faço um adendo: se aquele nome te veio a cabeça sem nem pestanejar, considere-se um felizardo, você tem um amigo, caso contrário, me desculpe, você é um desafortunado, e não sabe o que é ter alguém em quem você possa confiar.

Eu sou uma pessoa que gosta muito de falar sobre amizades, porque até hoje, e sim, não serei modesto nem um pouco, eu não conheço ninguém que dê mais valor a isso do que eu. Me desculpe se eu ofendo alguém, se me acho o foda, mas nem é isso, quem me conhece já sabe que eu passei por mal bocados, mas também já passei por bons.

Ter aquela pessoa com quem desabafar sobre sua unha encravada as 3 da manhã é o ápice da satisfação, da certeza de que nunca vai ficar sozinho, e me desculpem mulheres, no fundo, amigos são mais importantes. Não que vocês não sejam, mas enfim. Amizade entre homens e mulheres é assunto pra um próximo texto.

Então aqui vai uma dica: se você é um dos que sabem que tem amigos, agradeça a sei lá quem, quem você quiser, ao Buda, Deus, Thor, SOl, Lua Zeus, Charles Chaplin, Mike Portnoy, não interessa, qual o seu Deus. Caso contrário, só lamento.

PS.: Amizade nunca é demais, e nunca é tarde pra achar um amigo, se isso serve de consolo, fikdik.

:)

sábado, 14 de março de 2009

O humor que nos separa

Tirando as gloriosas diferençs anatômicas, ouso afirmar que no humor repousam as maiores distâncias entre homens e mulheres. E não estou me referindo ao período horripilante da TPM, porque nós, homens, também temos a nossa.

Sob o ponto de vista masculino, mulheres cultuam o sem-graça. Compare: enquanto a gente trucidava Playmobils com espingardinha de chumbo, elas davam banho em Barbie. Elas paecem achar sensacional se perder à noite procurando uma rua. Nós, não. Ve uma coisa de dentro, nós queremos sangue, pomos a culpa nelas, que não sabem achar uma rua no guia e ainda mexem no retrovisor pra conferir o batom.

Elas acham graça na nossa graça, como se fõssemos um tema de pós-graduação em estudo. Rir do outro eu aceito. Até recomendo. Rir porque o outro está rindo é foda. Rir é um ato egoísta, vem de dentro pra fora e escapa da boca pra fora; melhor ainda se você estiver com a boca cheia de refrigerante. Com sorte sai pelo nariz.

Fazer homem rir é fácil. basta um pezinho no ridículo, um filme idiota qualquer, Debi & Loide, etc. geralmente nossas mulheres, amigas, mães, cunhadas etc, riem porque estamos rolando no chão de rir, e não pelo ato idiota do filme em si.

Quando uma mulher vai achar graça numa corrida de velotrol em Jackass? Enfim, O assunto é cativante, pensei em me aprofundar na alma feminina pra entender o que se passa lá dentro, o motivo de porque fazer a unha é tão legal e ler o jornal na mesa é muito chato, essas coisas.

Se um dia você me perguntar por que os nossos humores se revelam de maneiras distintas, posso responder de maneira definitiva: eu vou lá saber? Só sei que a gente se diverte bem mais, e eu com 20 e alguns anos, me divirto igual criança de 12, sei lá se um dia eu cresço, mas é assim que aproveito minha vida, com meu humor chulo e idiota.

PS: Valeu Manel, por ter feito, mesmo sem querer, eu ter vontade de escrever de novo. huaUHahuaUHa

VIP :)