quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pnsão Alimentícia S/A

Não resisto a comentar a história do senador suspeito de corrupção que teve uma filha fora do casamento. Corrupção é coisa pra Justiça tratar, mas sobre ética qualquer um pode refletir - ou a falta dela. Hoje em dia, pós-exame de DNA, tornou-se comum: você transa com uma mulher, às vezes só por uma noite, ela engravida e, depois de provar que o filho é seu, o obriga a pagar pensão.

Com certa dose de dor-de-cotovelo por ser a amante de uma gata, a esposa traída pelo tal político resumiu a bagunça à seguinte frase: "Homem é mesmo muito besta". Para ela, seu queridinho caiu em um golpe: teria sido "vítima" da sedução da bela jovem jornalista. Acho ridículo esse raciocínio. Mas...

Sempre me intrigaram esses casos de homens poderosos cujas namoradas (ou amantes ou casos fortuitos) engravidam sem o seu consentimento. Sem consentimento em termos: a princípio, um cara que não é vasectomizado ou estéril deve sempre partir do pressuposto que pode gerar um filho. Portanto, o erro fundamental é do homem. se não quisesse ter filho, que usasse camisinha, ora.

Uma vez empenhada, é raríssimo que uma mulher submeta seu filho a um teste de DNA sem ter a certeza de que o sujeito é o pai da criança. Além de ser um total mico se der negativo, só uma pessoa totalmente promíscua poderia não saber que foi fulano ou beltrano o autor da proeza. os jogadores de futebol que o digam. Quantos deles já não se viram numa situação semelhante e não deu outra: gol pras maria-chuteiras...

A questão pra mim é a seguinte: se o interesse dessas moças, como elas dizem, é salvaguardar as crianças, por que optaram por tê-las sabendo que não iriam ter pai? Se só pensavam no bem-estar os pequenos, como não se deram conta de que é importante pra eles ter pai e mãe? Ou acasos roqueiros de fama internacional que só vêem o filho brasileiro uma vez por ano (e olhe lá) podem ser considerados "bons pais"?

É mentira delas. A última coisa que essas mulheres pensaram foi na criança. Tiveram o bebê algumas por vaidade de ter um filho de pai famoso, outras por puro interesse. A paternidade, para elas, se resume a pagar pensão alimentícia. De preferência a mais alta possível, para cobrir os futuros danos psicológicos na criança dessa ausência paterna. haja empreiteiro amigo pra ajudar.

O mais interessante é que antigamente o chamado "golpe da barriga" era feito por uma razão até um pouco mais "nobre", vá lá: A mulher apaixonada embuchava pra tentar agarrar o amado. Hoje nem isso.

Ter filhos é uma decisão que se toma a dois. Aind amais hoje em dia, quando muitos homens estão dispostos a participar da criação, a dar carinho, a dividir as tarefas. pensar o contrário é machismo também: "Ah, a mãe é mais fundamental que o pai...". Não, não é. Ambos são fundamentais. Quem põe um filho no mundo sem se preocupar se ele terá pai - pai de verdade, não um nome no registro civil - é egoísta. E egoísmo não combina nada com maternidade.

Um comentário:

Jux disse...

Eu falo que o Mumu odeia as mulheres =0X

akkakaakakkakaakkaaka

Voltei a postar Mumu!!!

=0*